A pandemia de coronavírus já atrasa reformas defendidas pelo Palácio do Planalto e a análise de vetos do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no Congresso Nacional, entre outros projetos considerados importantes pelo Poder Executivo. Até ontem, o Brasil registrava 234 casos confirmados de coronavírus. Como reflexo da propagação do vírus e com a confirmação na semana passada de que o senador Nelsinho Trad (PSD-MS) andou pelo Congresso quando já estava infectado, o Congresso freou as atividades legislativas e cancelou diversas reuniões agendadas.
A reunião hoje da comissão mista da reforma tributária, por exemplo, foi cancelada. O assunto é uma das principais bandeiras da equipe econômica para este ano e, se já estava com calendário apertado, a probabilidade de ser aprovada no primeiro semestre agora se reduz. Diante do coronavírus e de divergências com Bolsonaro por estimular atos contra os parlamentares, a reforma administrativa, então, nem é mais cogitada para ser analisada neste primeiro semestre. Outro fator que pesa contra é o fato de o governo não ter enviado um texto da reforma ao Congresso até o momento.
Duas audiências públicas para debater a PEC que aconteceriam hoje na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) do Senado, onde tramita, porém, foram suspensas como forma de evitar a aglomeração de pessoas. A presidente da CCJ, senadora Simone Tebet (MDB-MS), que aguarda o resultado do exame para coronavírus, pretende manter o calendário estipulado: apresentação do parecer sobre a proposta nesta quarta (18) e votação na comissão na semana que vem.
Fonte: UOL