A demissão de Jean Paul Prates da Petrobras confirmada pelo Palácio do Planalto na última terça-feira (14), tem singificativa influência na perca de representatividade Potiguar no Governo Lula (PT). Mesmo Prates com naturalidade carioca, enquanto senador pelo Rio Grande do Norte, e político notadamente a serviço do povo Potiguar, Jean em diversas ocasiões intercedeu junto ao Governo os pleitos defendidos pela bancada do Rio Grande do Norte no Congresso Nacional. De acordo com informações de pessoas mais próxima à Jean, sua atuação não se limitava em apresentar somente sugestões para melhorar o diálogo entre o Governo do Estado e o Governo Federal. Jean agia nos bastidores como verdadeiro articulador das demandas Potiguares.
Ainda de acordo com os “mais próximos” sua atuação à frente da Pretrobras resultou em gestos e olhares mais sensíveis para as problemáticas que envolvem o setor do petróleo no Rio Grande do Norte e questões de outras pastas do Governo. O que a partir de agora, tal representatividade deixa de existir e com isso a força política do RN no Governo Federal não deverá ter mais o mesmo vigor.
Há, por outro lado, críticos ferrenhos do agora demitido Jean Paul Prates que o acusam de não apenas desobedecer as diretrizes do Presidente Lula, como também, de se desviar das espectativas do Governo Federal e das espectativas dos aliados Potiguares que desejavam ver na figura de Jean Paul um defensor do Rio Grande do Norte mais ferrenho em seguimentos onde o estado enfrenta maiores adversidades, como por exemplo: segurança pública, saúde e desenvolvimento regional. Ocorre, que essa possível frustração termina com a exoneração que nas palavras do próprio Jean, “não crer que haja chance de reconsideração”. Ou seja, Jean Paul não perdeu somente o emprego. Mas, o Rio Grande do Norte perde um espaço representativo de peso no Governo Federal. É uma baixa significativa para os Potiguares independente de posição política partidária, ou da dicotomia de Direita X Esquerda. Trata-se de uma perda do ponto de vista de espaços estratégicos para defesa dos interesses do RN.