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Wallyson, de titular a reserva, sem sequer entrar

Foto: Rennê Carvalho

Por Hugo Fernandes

Na noite de ontem (20), o ABC superou o Ferroviário/CE, por 4 a 0, no estádio Presidente Vargas, em Fortaleza. Coincidentemente, o jogo foi o primeiro em que o ídolo Wallyson não esteve em campo. O técnico Roberto Fonseca já dava indícios de que o Mago poderia ir para a reserva, pois o vinha sacando no decorrer das partidas. Porém, a decisão de não utilizá-lo, nem mesmo no segundo tempo, optando pelos reservas Ruan e Daniel Cruz, pegou muita gente de surpresa.

A princípio, a não utilização de Wallyson ocorreu por opção técnica. O atleta não apresenta qualquer tipo de lesão. Com a escalação dos 3 volantes (Daniel, Varão e Blade), Gabriel Santiago passou a jogar mais aberto pela esquerda, posicionamento que Wallyson costuma ocupar. O meia, inclusive, foi o autor do segundo gol abecedista.

Após abrir a vantagem de 3 a 0, na metade da segunda etapa, Roberto Fonseca decidiu utilizar Ruan no setor. Para a posição de Jenison, o treinador escolheu utilizar Daniel Cruz, jogando como uma espécie de falso 9, função que também pode ser exercida por Wallyson.

Ninguém questiona a relevância de Wallyson para a história do ABC. Merecidamente, um dos módulos do Frasqueirão leva o nome do Mago. Ele contabiliza 4 títulos estaduais, mais de 200 jogos com a equipe e 2 acessos (um para a C e outro para a B). No entanto, desde o ano passado, quando o antigo treinador, Fernando Marchiori, o sacou do time titular e a equipe foi finalista da série C, muitos torcedores passaram a contestar a produvidade do atacante. Inclusive, quando o ex-treinador do ABC o tirou dos 11 iniciais, uma grande polêmica se criou: ambos foram para as redes sociais desabafar sobre a situação. Quem frequenta o Frasqueirão, sabe que atualmente a titularidade do Mago divide opiniões. Contra o Londrina, irritado com o desempenho do atacante, um torcedor chegou ao ponto de agredi-lo com uma cusparada.

Hoje, aos 35 anos, muito se discute sobre o posicionamento adequado para o jogador. Como ponta, os especialistas criticam a baixa intensidade para recompor e atacar. Como 9, a ressalva é sobre a dificuldade de jogar de costas para o gol. Como segundo atacante ou livre para criar, sem obrigações defensivas, talvez Wallyson tenha o melhor caminho, a essa altura da carreira.

Wallyson seguirá no banco, e nem utilizado no segundo tempo será? Como o ídolo reagirá a tal situação? Independentemente da reação do Mago, a torcida de todos da Frasqueira é por uma sequência vitoriosa do ABC, se afastando do fantasma da D e sonhando com o G8 da competição.

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