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Grupo acusado de lavar mais de R$ 23 milhões do tráfico com fazendas e igrejas é condenado no RN

Operação do MP cumpriu dezenas de mandados contra grupo suspeito de lavar dinheiro do tráfico de drogas em 2023 — Foto: MPRN/Divulgação
Operação do MP cumpriu dezenas de mandados contra grupo suspeito de lavar dinheiro do tráfico de drogas em 2023. Foto: MPRN/Divulgação

Sete pessoas investigadas por integrar um grupo criminoso que teria lavado mais de R$ 23 milhões do tráfico de drogas com compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com uso de igrejas, foram condenadas pela Justiça do Rio Grande do Norte.

Geraldo dos Santos Filho, conhecido por Pastor Júnior, que seria o principal elo do grupo, segundo o Ministério Público do RN, recebeu a maior condenação: 84 anos de reclusão pelos crimes de lavagem de dinheiro e associação criminosa.

Na denúncia, o MPRN indicou que o grupo se formou para o fim específico de cometer os crimes através da aquisição e da transmissão de imóveis, da realização de depósitos não identificáveis e da distribuição de dinheiro em espécie. Ainda de acordo com a denúncia, o grupo dissimulava e ocultava a origem e propriedade de bens e valores oriundos dos crimes praticados por dois irmãos, em benefício de familiares e pessoas próximas a eles. A suspeita é de que o grupo criminoso tenha lavado mais de R$ 23 milhões com a compra de imóveis, fazendas, rebanhos bovinos e até com o uso de igrejas.

A operação do MPRN foi desenvolvida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) com o apoio da Polícia Militar do RN e dos Ministérios Públicos de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Santa Catarina, Bahia, Ceará e Paraíba e, ainda, do Departamento Penitenciário Nacional (Depen).

As investigações que culminaram na ação foram iniciadas em 2019, com o objetivo de apurar o tráfico de drogas e associação para o tráfico de drogas, além do crime de lavagem de dinheiro. O esquema era liderado por Valdeci Alves dos Santos, também conhecido por Colorido. Valdeci é originário da região do Seridó potiguar e era apontado, até 2022, como a segunda liderança do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas ruas, facção criminosa que surgiu nos presídios paulistas e que tem atuação em todo o Brasil e em países vizinhos.

Penas aplicadas individualmente:

  • Gilvan Juvenal da Silva recebeu a pena de 23 anos e oito meses de reclusão e 87 dias-multa;
  • Valdeci Alves dos Santos, 17 anos, três meses e 20 dias de reclusão e 64 dias-multa;
  • Thais Cristina de Araújo Soares, 19 anos de reclusão e 70 dias-multa;
  • Lucenildo Santos De Araújo, 13 anos e seis meses de reclusão e 52 dias-multa;
  • Joaquim Neto dos Santos, 12 anos e oito meses de reclusão e 50 dias-multa;
  • Roberto dos Santos, 13 anos de reclusão e 50 dias-multa;
  • Geraldo dos Santos Filho, a 84 anos, 11 meses e 20 dias de reclusão e 299 dias-multa
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