A Federação Paulista de Futebol (FPF) anunciou nesta quarta-feira (30) que acatará a recomendação do Ministério Público (MP) para proibir a Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras, de frequentar estádios em São Paulo.
A decisão da FPF atende à recomendação do 1º promotor de Justiça de Mairiporã e do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO). O procurador-geral de Justiça, Paulo Sérgio de Oliveira e Costa, determinou que o GAECO acompanhasse o caso, declarando que — há firmes evidências de que algumas torcidas organizadas atuam como verdadeiras facções criminosas.
A decisão de proibir a Mancha Alviverde, principal torcida organizada do Palmeiras, surge após o MP solicitar à Justiça a prisão temporária de seis membros da Mancha, que estão sendo investigados pelo envolvimento na emboscada à Máfia Azul, maior organizada cruzeirense, que resultou na morte de um torcedor e em ferimentos em 17 cruzeirenses. Durante o ataque, dois ônibus foram vandalizados — um deles foi incendiado, e o outro, depredado.
A Delegacia de Polícia de Repressão aos Delitos de Intolerância Esportiva (Drade) identificou ao menos oito integrantes da torcida Mancha Alviverde como envolvidos na emboscada. Dos seis torcedores palmeirenses que tiveram a prisão temporária de 30 dias solicitada, três ocupam posições de liderança dentro da torcida organizada, de acordo com o MP e a Drade.
A investigação, conduzida pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (GAECO) do MP, também analisa imagens de câmeras de segurança e vídeos compartilhados na internet para identificar outros responsáveis pelo ataque.