O ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, considerou grave a participação de militares num plano para tentar matar em 2022 o então presidente eleito Luiz Inácio Lula da Silva, seu vice Geraldo Alckmin e o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Alexandre de Moraes. A Polícia Federal (PF) deflagrou nesta terça-feira, 19, operação em que oficiais do Exército teriam articulado um plano de golpe para impedir a posse de Lula.
O ministro negou que tenha havido falha do governo em não identificar a participação de agentes da PF, com acesso p ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e de kids pretos das Forças Armadas na orquestração de um plano de golpe de Estado que envolvia o assassinato de autoridades. Segundo o ministro, sequer era possível suspeitar que uma ruptura era idealizada no Palácio do Planalto, à época ocupado pelo ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
“Não se podia suspeitar que um golpe estaria sendo urdido a partir do Palácio do Planalto”, afirmou. “Não é falha. Não havia falha nenhum. As instituições trabalharam naquela época”, justificou. “É muito grave que pessoas formadas pelo Estado para o emprego lícito da violência pratiquem esse tipo de atentado contra o próprio estado”, enfatizou.
Lewandowski afirmou que a PF esta “decepcionada por um dos seus ter participado dessa tentativa de golpe e abolição violenta do Estado democrático de direito”.
O ministro avaliou que os elementos apresentados pela PF na operação Contragolpe desta terça-feira não apresentou, “por enquanto”, o “nível de detalhe” que aponte o envolvimento de Bolsonaro no plano de assassinato de Lula, Alckmin e Moraes. Em contrapartida, os agentes federais identificaram que o ex-ministro Walter Braga Netto, que foi candidato a vice-presidente na chapa de Bolsonaro, cedeu a sua casa para uma reunião do grupo de militares que orquestrou o golpe.
Fonte: Estadão