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Ex-bailarina se torna ré por esquema de lavagem de dinheiro do PCC

Influenciadora e ex-bailarina Natacha Horana Silva, de 33 anos. Foto: Reprodução

A influenciadora e ex-bailarina Natacha Horana Silva, de 33 anos, que foi detida em novembro em Santo Amaro, zona sul de São Paulo, virou ré na Justiça sob a acusação de envolvimento em um esquema de lavagem de dinheiro relacionado ao tráfico de drogas do Primeiro Comando da Capital (PCC).

A informação foi divulgada pelo Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), responsável pela denúncia. Além de Natacha, outras 17 pessoas também foram tornadas rés na ação, que faz parte das investigações da operação Argento, deflagrada no dia 14 de novembro em quatro estados. Na ocasião, a Justiça ordenou o bloqueio de R$ 2,2 bilhões em bens dos investigados.

Natacha, que acumula milhares de seguidores e curtidas nas redes sociais, é conhecida por ter feito parte do balé do Domingão do Faustão entre 2015 e 2022.

De acordo com a Secretaria de Segurança Pública de São Paulo, no dia de sua prisão, foram apreendidos quatro celulares, um notebook, duas câmeras fotográficas, dois relógios, um colar, um HD externo, diversos documentos, um carro de luxo e R$ 119.650 em dinheiro.

O Ministério Público do Rio Grande do Norte informou que a modelo fazia parte de um grupo de familiares e pessoas próximas a Valdeci Alves dos Santos, potiguar considerado um dos líderes do PCC. O grupo era responsável por movimentar valores por meio de contas bancárias de terceiros e recrutar indivíduos para a lavagem de dinheiro.

Ainda segundo o órgão, o esquema criminoso utilizava métodos sofisticados para lavar o dinheiro do tráfico de drogas, como a criação de empresas de fachada, a compra e venda de imóveis de luxo, operações financeiras em postos de combustíveis e até a aquisição de cavalos de raça.

Defesa da influenciadora

A defesa de Natacha divulgou uma nota no dia 19 de novembro, na qual afirma que a bailarina foi “abusivamente e injustificadamente” envolvida na investigação “apenas porque, anos atrás, conheceu uma das pessoas investigadas”.

“Como ficou claro no processo, sua menção e prisão foram um erro, pois ela nunca praticou qualquer ato ilícito, seja de forma direta, indireta ou colaborativa. Diante disso, e principalmente pela ausência de indícios de seu envolvimento e pela falta de justificativa para a continuidade dessa medida, aguardam-se decisões sobre os pedidos feitos para o imediato restabelecimento de sua liberdade e dignidade”, conclui a nota.

A publicação foi feita no perfil da influenciadora, que também expressou sua confiança de que “a verdade sempre prevalece e que Deus está no controle de todas as coisas”. Essa foi a última postagem feita por ela no Instagram.

Fonte: Agora RN

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