Na tentativa de criar uma base no Congresso, o governo Jair Bolsonaro (sem partido) vai ampliar as negociações e deve buscar aproximação com Podemos e Solidariedade. Desde o começo do mês, o presidente tem se reunido com os partidos de centro (atualmente as maiores bancadas, com ao menos 200 parlamentares). O objetivo agora é abrir uma segunda rodada de negociações junto às siglas que já votaram pautas do governo.
A ação de Bolsonaro estabelece pontes diretas entre os partidos e a articulação política do governo, sob responsabilidade de Luiz Eduardo Ramos (Secretaria de Governo). Essa proximidade busca enfraquecer o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), alvo de ataques do presidente e de seus correligionários.
O UOL apurou, junto a parlamentares e articuladores do governo, que nas tratativas não existe negociação por ministérios ou reforma ministerial. Mas há possibilidade de partidos indicarem nomes para cargos no Banco do Nordeste, Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação e secretarias do Ministério da Saúde. “Governo está iniciando uma nova fase de diálogo político, mais próximo, que vai criar condições para que se possa ter definição ou não de formação de base. Todos os partidos que têm alguma afinidade com agenda econômica, como Solidariedade e Podemos, que já apoiaram pautas do governo, certamente poderão ser convidados”, disse o líder do governo no Senado, Fernando Bezerra (MDE-PE).
Bezerra nega que haja tentativa de isolar Maia. Sobre os cargos, o senador disse que, “se dessas conversas vai se alcançar participação dos partidos no governo, precisamos aguarda os próximos dias”.
Fonte: UOL