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Coronavírus: Papuda tem 149 presos com doença

A Subsecretaria do Sistema Penitenciário do Distrito Federal (Sesipe) informou que, até esta sexta-feira (24), 149 pessoas haviam sido diagnosticadas com o novo coronavírus no Complexo Penitenciário da Papuda. Do total:

  • 103 são detentos
  • 46 são policiais penais

Ao todo, são 13 casos a mais do que o registrado até quinta-feira (23), quando eram 136 infectados. Segundo a pasta, um detento está curado, assim como um policial penal.

O boletim, informa ainda que três presos continuam internados no Hospital Regional da Asa Norte (Hran), referência para o tratamento de pacientes com a Covid-19 em Brasília. Segundo a Sesipe, eles “apresentaram sintomas moderados da doença e foram internados por precaução”

Onde estão os casos?

De acordo com a Sesipe, “não há caso grave entre os contaminados”. Os registros estão concentrados nas seguintes unidades do complexo:

  • Centro de Internamento e Reeducação (CIR): 53 detentos e 21 policiais penais
  • Centro de Detenção Provisória (CDP): 36 detentos e 15 policiais penais
  • Penitenciária do Distrito Federal II (PDF-II): 4 detentos e 6 policiais penais
  • Penitenciária do Distrito Federal I (PDF I):9 detentos e 3 policiais penais

Medidas de contenção

Nesta sexta-feira (24), a Secretaria de Segurança anunciou que dois blocos dos novos Centros de Detenção Provisória (CDPs) serão utilizados para o tratamento e a quarentena de presos durante a pandemia.

A decisão foi tomada depois que o Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) recomendou à pasta que usasse os espaços. De acordo com o governo do DF, em 15 dias, mais 400 vagas estarão disponíveis para atender os presos.

A Sesipe informou ainda que medidas estão sendo tomadas em conjunto com a Secretaria de Saúde do DF para conter o avanço do coronavírus no complexo.

Servidores infectados estão afastados e as visitas aos presos estão suspensas desde o mês passado. Para que os detentos possam manter contato com as famílias, foi permitido o envio de cartas. Além disso, os presos podem enviar mensagens aos parentes por meio de um aplicativo.

Segundo a Sesipe, entre outras medidas estão:

  • Avaliação médica e aplicação de testes rápidos para diagnóstico do vírus em todos os 332 internos e 126 agentes da ala em que os primeiros casos foram detectados;
  • Consultórios específicos, com médicos, enfermeiros e outros profissionais da saúde foram montados nas unidades prisionais para avaliar suspeitas de coronavírus;
  • Higienização diária das celas com hipoclorito de sódio, componente da água sanitária;
  • Banho de sol em separado e por mais tempo;
  • Limitação das transferências de pessoas presas – homens e mulheres – da Divisão de Controle e Custódia de Presos (DCCP), localizada na sede da Polícia Civil do Distrito Federal (PCDF), para o Centro de Detenção Provisória (CDP) ou Penitenciária Feminina do Distrito Federal (PFDF), para só uma vez por semana. Anteriormente, eram feitas duas vezes por semana;
  • Intensificação das triagens de internos que chegam às unidades prisionais, com vacinação e avaliação médica realizada pela equipe de saúde;
  • Implementação da quarentena de 14 dias aos presos recém-chegados ao CDP e à Penitenciária Feminina do DF (PFDF). Somente após este período eles são encaminhados para a convivência comum com outros presos;
  • Encaminhamento ao hospital e isolamento em cela separada de qualquer interno que apresente sintomas da doença. Os direcionamentos são feitos pela equipe médica da unidade prisional;
  • Idosos das seis unidades prisionais do DF foram transferidos para o CDP, exceto mulheres internas da PFDF, e estão isolados da massa carcerária;
  • Higienização de celas e viaturas reforçada. Cartilhas e material informativos foram distribuídos a servidores. As informações foram repassadas aos reeducandos;
  • Servidores da Sesipe só realizam Serviço Voluntário de Execução Penal (SVEP) em suas unidades de origem;

Fonte: G1

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