Após o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPE) entrar com uma ação na Justiça para pedir que o Governo do Amazonas e a Prefeitura de Manaus adotem o “lockdown” – bloqueio total de circulação de pessoas mais restritivo que o isolamento social – , o Prefeito de Manaus Arthur Virgílio Neto afirmou que medida é arriscada.
Em nota, Arthur sugere que “deveria haver uma reunião mais ampla, envolvendo o prefeito e o governador”, disse. O pedido de lockdown no Amazonas tramita na Justiça, que tem 24 horas para dar um parecer sobre o pedido protocolado pelo MPE.
“Proponho, desde já, a troca do lockdown, talvez impossível – em plena garantia da lei e da ordem – de ser efetivamente implementado e sugiro adotarmos medidas mais rígidas que forcem a adesão das pessoas ao isolamento social, sem a decisão extrema e arriscada do lockdown”, comentou Arthur.
A ação ingressada pelo MPE foi redirecionada para a 1ª Vara da Fazenda Pública Estadual, pelo juiz plantonista Antonio Itamar de Sousa Gonzaga, ainda nesta terça-feira (5). Ela pede a adoção do “lockdown”, considerando o aumento da curva de contágio do novo coronavírus no Amazonas.
O estado já registra mais de 8 mil infectados e mais de 600 mortes. O número de mortes em Manaus disparou desde o início da pandemia do novo coronavírus e está 108% acima da média histórica.
Ainda em nota, o prefeito de Manaus afirma que a decisão não deve ser tomada sem analisar os vários reflexos da medida e cita a “necessidade dos poderes agirem em conjunto na fiscalização dos comércios, para que aglomerações sejam evitadas”, no exemplo citado.
Fonte: G1