Os alertas de desmatamento na floresta Amazônica cresceram 63,75%em abril de 2020, se comparado ao mesmo mês do ano passado, de acordo com o sistema Deter-B, desenvolvido pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe). Neste ano, foram emitidos alertas para 405,6 km², enquanto no ano anterior, no mesmo período, foram 247,7 km².
O aumento ocorre em meio à recomendação de isolamento social devido à pandemia do novo coronavírus e após um primeiro trimestre que bateu o recorde histórico de desmatamento dos últimos quatro anos, quando começou a série de monitoramento do sistema na Amazônia.
Os alertas diários são emitidos pelo Sistema de Detecção de Desmatamento em Tempo Real (Deter) e servem para embasar ações de fiscalização do Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama). Já os dados oficiais de desmatamento são do Programa de Monitoramento da Floresta Amazônica Brasileira por Satélite (Prodes), divulgado anualmente.
Abril de 2020 registrou a terceira maior taxa de alertas de desmatamentos para o mês desde 2016, atrás de 2018, quando foram emitidos alertas para 489,5 km² e 2016, com 440,41 km².
Estados com maior área de desmatamento
O Mato Grosso é o estado com a maior área agregada a receber avisos de desmatamento em abril: foram 144,58 km², e corresponde a 35,6% do total. Em seguida, está Rondônia com 103,97 km² desmatado. O terceiro é o Amazonas, com 76,88 km².
- Acre: 4,98 km²
- Amazonas: 76,88 km²
- Maranhão: 1,84 km²
- Mato Grosso: 144,58 km²
- Pará: 66,35 km²
- Rondônia: 103,97 km²
- Roraima: 6,85 km²
- Tocantins: 0,16 km²
Todos os estados que têm área de floresta amazônica receberam alertas este mês. A maior parte da área (391,27 km², cerca de 96%) corresponde ao desmatamento com solo exposto, quando há perda de cobertura de vegetação. Ao menos 2% são áreas que mantiveram a vegetação. E cerca de 1,3%, corresponde à atividade de mineração.
Fonte: G1