A defesa do ex-ministro da Justiça e Segurança Pública Sergio Moro pediu ao ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), que divulgue a íntegra do vídeo de reunião ministerial realizada no dia 22 de abril.
Ao ministro do Supremo, a defesa de Moro afirma que o material não contém “qualquer assunto pertinente a Segredo de Estado ou que possa gerar incidente diplomático, muito menos colocar em risco a Segurança Nacional”.
“Não se desconhece que, de fato, existem manifestações potencialmente ofensivas realizadas por alguns Ministros presentes ao ato e que, se tornadas públicas, podem gerar constrangimento. De todo modo, esta circunstância não é suficiente para salvaguardar o sigilo de declarações que se constituem em ato próprio da Administração Pública, inclusive por não ter sido levado a efeito em ambiente privado”, afirmou a defesa do ex-ministro.
Nesta terça-feira (12), Celso de Mello deu 48 horas para que as partes do inquérito que apura suposta interferência do presidente Jair Bolsonaro na autonomia da Polícia Federal se manifestem sobre o sigilo da gravação da uma reunião
Além de Moro, devem se manifestar: a Procuradoria Geral da República e a Advocacia Geral da União sobre se concordam com a derrubada do sigilo parcial ou total do vídeo do encontro.
A reunião foi citada por Sergio Moro como prova da tentativa de Bolsonaro de interferir na PF.
Na manifestação ao STF nesta quarta, os advogados de Moro afirmam também que a reunião ministerial é um ao oficial do governo e que a divulgação integral do vídeo “caracterizará verdadeira lição cívica, permitindo o escrutínio de seu teor não só neste Inquérito Policial mas, igualmente, por toda a sociedade civil”.
Fonte: G1