A saída de Nelson Teich do Ministério da Saúde, menos de um mês depois de ser nomeado, ganhou destaque na imprensa internacional nesta sexta-feira.
O site do jornal americano The New York Times publicou que o ex-ministro entrou em rota de colisão com Jair Bolsonaro. Segundo a reportagem, Luiz Henrique Mandetta saiu do cargo, há um mês, “pelos mesmos problemas”.
“Enquanto governadores e prefeitos, em grande parte do país, pedem aos brasileiros que fiquem em casa o máximo possível, Bolsonaro pediu que eles saíssem para trabalhar, argumentando que a desvantagem econômica seria mais prejudicial ao país do que o vírus”, diz a reportagem.
O Clarín, da Argentina, atribuiu o pedido de demissão de Teich a “diferenças com o presidente”.
O britânico The Guardian chamou atenção para o fato de o governo brasileiro ter trocado o ministro da Saúde pela segunda vez em menos de 30 dias.
A BCC também repercutiu a saída de Teich e lembrou que o Brasil é o recordista de casos de Covid-19 e mortes causadas pela doença na América Latina.
Segundo o espanhol El País, Teich se sentiu “desautorizado” por Bolsonaro, depois que o presidente publicou um decreto ampliando a lista de atividades essenciais — que podem funcionar durante a pandemia –, sem o consentimento do ministro.
O Le Figaro, da França, diz que “Teich é um ministro da Saúde bastante efêmero do presidente Jair Bolsonaro, tendo ocupado por menos de um mês esta pasta crucial para o Brasil, onde a pandemia já matou 14 mil pessoas”.
Fonte: O Antagonista