Marinho é pré-candidato a prefeito da capital fluminense e tem João Doria como seu principal padrinho político. Ao ver o enfraquecimento do governador paulista diante da opinião pública, e sua potencial exposição à corrupção, que começa a aparecer nas ações de combate à Covid-19, Paulo Marinho pode estar apenas posicionando mais uma “metralhadora” na artilharia que busca abater o ex-deputado estadual do Rio de Janeiro, Flávio Bolsonaro e viabilizando sua carreira política da maneira mais oportuna.
Com as denúncias de Sergio Moro, que insinuam uma potencial interferência do pai de Flávio, o presidente Bolsonaro, no comando da PF do Rio de Janeiro, visando proteger o filho “Zero Um”, o senador fica mais vulnerável a processos de investigação e a um possível afastamento do cargo. Isto colocaria Paulo Marinho, “de graça” em uma cadeira no Congresso Nacional. O encorajamento expressado pelo ex-ministro Sérgio Moro, nas redes sociais, demonstra o interesse em comum dos dois em fragilizar a família do presidente e revela um aliado disposto a suprir a munição.
Mesmo que não consiga apresentar provas concretas, com toda oposição sedenta pela destruição política dos Bolsonaros, qualquer flanco de investigação aberto contra a família é muito bem explorado. É um desgaste a mais, gerando problemas extras para administrar, enfraquecendo, inclusive, a estabilidade emocional do presidente.
Resta saber se a estratégia não vai acabar saindo pela culatra e fortalecendo o “Capitão”, como tem acontecido com as últimas promessas frustradas de bomba contra o presidente.
Por: Cristiano Medeiros
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Foto: Lula Marques