
O ministro Celso de Mello, do Supremo Tribunal Federal (STF), decidiu nesta segunda-feira (25) impor sigilo no depoimento que será prestado pelo empresário Paulo Marinho. O ministro atendeu a um pedido da Polícia Federal.
Celso de Mello ainda negou acesso do senador Flávio Bolsonaro e dos seus advogados aos depoimentos do empresário e também de Miguel Ângelo Braga Grillo, em virtude do regime de sigilo.
O empresário será ouvido nesta terça (26), na Superintendência da PF no Rio de Janeiro, no inquérito que apura se o presidente Jair Bolsonaro tentou interferir na PF.
Um dos principais aliados de Bolsonaro na campanha eleitoral de 2018, Paulo Marinho disse ao jornal “Folha de S.Paulo” que o senador Flávio Bolsonaro (Republicanos-RJ), filho de Bolsonaro, foi avisado com antecedência por um delegado da PF sobre a deflagração da Operação Furna da Onça.
A operação levou à prisão de diversos parlamentares do estado do Rio, em novembro de 2018. A defesa de Flávio Bolsonaro nega a acusação. O chefe de gabinete do senador, Miguel Angelo Grillo, também será ouvido na quarta (27), na PF em Brasília.
O inquérito
O inquérito no qual será incluído o depoimento do empresário foi aberto pelo ministro Celso de Mello em 27 de abril, a pedido da Procuradoria Geral da República (PGR).
Três dias antes da abertura, em 24 de abril, o então ministro da Justiça, Sergio Moro, anunciou a demissão do cargo afirmando que Bolsonaro tentou interferir na PF ao demitir o então diretor-geral da corporação, Maurício Valeixo, e ao cobrar a troca do superintendente da Polícia Federal no Rio de Janeiro.
Fonte: G1