Sou a favor do retorno das aulas de forma híbrida, sempre avaliando as condições e cada contexto familiar. Sempre lembrando que se a criança faz parte de algum grupo de risco ou, na sua residência tem alguém que se enquadre no risco ou , se tem contato frequente com idosos , essa criança precisa permanecer em casa.
Diante dos números em queda dos casos de Covid no RN, os pais podem decidir qual melhor opção para manter os estudos dos seus filhos, sempre respeitando todos os protocolos e cuidados preconizados.
O que tenho visto na minha pratica clínica são crianças ansiosas, adquirindo peso excessivo, alterações de comportamento, como agressividade e depressão, além de alterações no sono e apetite. Cada idade com as suas particularidades pois cada um reage de uma forma à situação imposta. As crianças e adolescentes precisam da rotina, da socialização para um melhor desenvolvimento cognitivo e emocional, portanto precisamos levar em consideração tanto a saúde física, como mental dos mesmos.
Para o retorno, as escolas precisam estar adequadas aos protocolos preconizados pela OMS e Ministério da Saúde e os pais orientarem aos filhos o uso adequado da máscara, a importância do distanciamento, a lavagem das mãos e uso adequado do álcool gel. Informar aos pais que, se surgir qualquer sintoma suspeito na criança ou algum membro da família, deve afastar essa criança da escola por 2 semanas ou até todos os familiares se encontrarem bem.
Dra Giovana Paiva, pediatra