Em entrevista ao programa 12 em Ponto 98 desta terça-feira a doutora em Microbiologia, Natália Pasternak, apontou algumas fragilidades da área médica com método científico utilizado pelos pesquisadores da saúde.
Embora exista um consenso entre grande parte dos cientistas, os médicos estão divergindo em relação aos medicamentos que estão sendo colocados em prática para tratar os pacientes com coronavírus, afirma a especialista. Isso fica explícito quando há médicos favoráveis ao uso de alguns medicamentos (ivermectina, cloroquina, azitromicina…) para o tratamento da doença. Enquanto alguns médicos defendem esses medicamos, outros repudiam a utilização.
“Olha, entre os cientistas não existe uma divergência muito grande. Todo mundo que entende e trabalha com testes de medicamentos, química medicinal e está acostumado a fazer testes clínicos para medicamentos sabe. Esses medicamentos que estão sendo anunciados como curas milagrosas não foram aprovados nos testes clínicos ou nem foram submetidos a eles. Então, não existe nenhuma comprovação científica. Mas, existe sim uma confusão muito grande dentro principalmente da classe médica.”
De acordo com Pasternak, os médicos ficam confusos por atribuírem o que estão vendo na prática clínica a um resultado. Essa correlação “não é uma relação de causa e efeito”, afirmou. Ela também disse que essa falta de familiaridade dos médicos com os métodos científicos é bastante preocupante e é provavelmente uma falha das escolas de medicinas do país.
Confira a fala da especialista: