O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) voltou a defender a hidroxicloroquina para o tratamento do novo coronavírus, durante lançamento da usina fotovoltaica em Caldas Novas (Goiás), neste sábado (29/8). Durante discurso, ele disse que não houve imposição do governo para uso da substância, mas sim um aval para os médicos “salvarem vidas” com o medicamento.
“Quando lá atrás começamos a falar da hidroxicloroquina é porque não tínhamos outro remédio no mundo que curasse o coronavírus . Mas, conversando com outros [países, especialistas], vimos que poderia sim [a prescrição] pela observação médica, que cabe a você, médico, cabe a vocês decidirem, e não a um decreto”, defendeu Bolsonaro.
“Quem é responsável pela receita é o médico e ponto final”, reforçou.
Na fala, ele disse que o governo federal apontou a substância que tem “salvado milhares de vítimas” pelo Brasil.
No momento, um apoiador interrompeu o discurso e disse que a cloroquina era um medicamento de guerra, também defendendo a substância. Com o comentário, Bolsonaro comparou o remédio com água de coco aplicada na veia de um militar durante a guerra.
”Quando se fala em medicina de guerra, lembro que na guerra do pacífico um trágico episódio de um soldado que volta ferido e teria conseguido transfusão [de sangue]”, contou, alertando que o procedimento não foi suficiente para melhorar o estado de saúde. “Até que alguém que teve a ideia de injetar água de coco [no sangue] e deu certo. Então, a cloroquina é uma realidade”, opinou.
Para finalizar o discurso, Bolsonaro, que usou boa parte do seu tempo para elogiar o trabalho do governador local, Ronaldo Caiado (DEM), e dizer que “Goiás é o coração do Brasil”. O presidente terminou a fala dizendo “Brasil acima de tudo, Goiás acima de todos e Deus abençoe o nosso Brasil”.
Fonte: Portal Metrópoles