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PF realiza nova etapa da Lava Jato na sede da Petrobras, no RJ

A Polícia Federal realiza nesta quinta-feira (10) a 74ª fase da Operação Lava Jato. A operação foi batizada de Sovrapprezzo, que significa “sobrepreço” em italiano. A ação é um desdobramento da 71ª fase, chamada Disfarces de Mamon.

São cumpridos 25 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro e em São Paulo – 6 na cidade de São Paulo, 3 em Teresópolis, no RJ, e 16 na cidade do Rio. Não há mandados de prisão.

No Rio, um dos alvos é a sede da Petrobras, no Centro da capital fluminense. Os agentes chegaram ao prédio em dois carros descaracterizados e entraram no local por volta de 6h15. Eles buscam HDs, documentos e computadores de funcionários da estatal.

A Justiça determinou o bloqueio de ativos financeiros dos investigados em contas no Brasil e no exterior, até o limite de R$ 97,65 milhões.

Os mandados foram expedidos pela Justiça Federal do Paraná. A operação acontece um dia depois de a Procuradoria-Geral da República (PGR) prorrogar a força-tarefa de Curitiba até janeiro de 2021.

A operação tem como objetivo aprofundar as investigações de um esquema de prováveis fraudes em operações de câmbio comercial contratadas pela Petrobras com um banco de São Paulo. As transações de compra e venda de moeda estrangeira totalizariam mais de R$ 7 bilhões entre 2008 e 2011.

O esquema consistiria em sobretaxar as operações acima dos valores de mercado para inflar o lucro do banco, mediante possível pagamento de propina para operadores da empresa pública que seriam divididos com empregados da instituição financeira em troca do direcionamento dos negócios cambiais para o referido banco.

Estima-se que o prejuízo para os cofres públicos pode chegar a mais de US$ 18 milhões.

As investigações visam ainda a comprovar a prática de lavagem de dinheiro através de movimentação de valores no Brasil e no exterior, mediante o uso de off shores, subfaturamento na aquisição de imóveis e negócios, interposição de pessoas em movimentações de capitais, utilização de contratos fictícios de prestação de serviços firmados entre o banco e empresas dos colaboradores envolvidos, assim como o grau do vínculo associativo mantido por todos.

São investigados os crimes de corrupção passiva e ativa, lavagem de dinheiro e associação ou organização criminosa.

Fonte: CNN Brasil

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