![](https://98fmnatal.com.br/site-storage/2020/06/escola.jpg)
Por Lara Agra
A volta às aulas presencias na rede estadual e municipal, marcadas para acontecer nos dias 1º e 3 de fevereiro, será relativa ainda ao ano letivo de 2020 e vai depender do cenário epidemiológico do estado.
Porém, segundo José Teixeira, coordenador geral do Sindicato dos Trabalhadores em Educação Pública do Rio Grande do Norte, SINTE-RN, as escolas ainda não estão preparadas para o retorno dos alunos.
De acordo com José Teixeira, o sindicato deliberou, em assembleia, que o ensino presencial só deve voltar após ocorrer a imunização, ou dos profissionais da educação, ou dos estudantes. O coordenador do SINTE reconhece o prejuízo do ensino remoto online para a comunidade escolar, mas considera que a “perda de vida” é prejuízo maior nesse momento da pandemia.
De acordo com a Secretaria de Estado da Educação, da Cultura, do Esporte e do Lazer (SEEC), o RN está se preparando para seguir as diretrizes definidas no Documento Potiguar, um protocolo de segurança sanitária elaborado pelo Comitê de Educação para Gestão das Ações de Combate à Pandemia da Covid-19, e será utilizado como base para as escolas estaduais.
O protocolo detalha as medidas para todas os ambientes da escola, e incluem as áreas comuns e de acessos da escola, salas de aula, refeitórios, cozinhas, bibliotecas, setores administrativos, salas de reunião, bebedouros coletivos, banheiros coletivos, parques, salas de jogos e locais de recreação.
As medidas de segurança são uso obrigatório de máscara, limpeza e higienização dos locais, manutenção de janelas e portas abertas para circulação de ar, álcool gel disponível nos ambientes e demarcação do piso para manter a distância de 1,5m entre as pessoas.
As atividades, tanto do estado quanto do município, são planejadas para acontecer de forma híbrida, em que uma parte dos estudantes assistem às aulas presencialmente e a outra parte faz uso de tecnologia e acompanha às aulas de forma remota.
Entretanto, de acordo com o coordenador do SINTE-RN, a evasão dos alunos que deveriam ir presencialmente dá ainda mais prejuízo ao ensino. Ele alega que “sequer 50% comparecem” às aulas. José Teixeira justifica também que grande parte dos profissionais já atuam a bastante tempo na educação, muito sendo idosos, aumentando o risco de adquirirem a doença em seu estado mais grave.