Poucos horas após o Diário Oficial do Município do Rio de Janeiro trazer resolução autorizando a volta da torcida aos estádios, o prefeito Eduardo Paes (DEM) anunciou nesta quarta-feira (13) que a medida será revogada. A notícia da liberação causou repercussão negativa nas redes sociais.
“A decisão de liberar os estádios com uma ocupação máxima de 1/10 está correta tecnicamente de acordo com nossa secretaria de saúde. No entanto, obviamente trata-se de medida quase impossível de ser fiscalizada. A medida será revogada”, escreveu Paes em sua conta oficial no Twitter.
A notícia da liberação de público foi muito criticada nas redes sociais, tendo poucas manifestações a favor. Isso porque a cidade do Rio do Rio de Janeiro registrou aumento do número de casos de Covid-19 nas últimas semanas.
resolução conjunta, assinada pelas secretarias municipal e estadual da Saúde, autorizava a ocupação de até 20% dos estádios. A decisão seria semanal, de acordo com a classificação de risco de contágio da região onde fica o estádio.
O Maracanã, na zona norte da capital fluminense, por exemplo, fica em uma área considerada de risco de transmissão alta. Assim, considerando que a capacidade oficial de público é de 78 mil pessoas, um eventual jogo com torcida poderia receber no máximo 7,8 mil torcedores nesta semana.
Vale lembrar, contudo, que a liberação não significa retorno automático de torcida aos estádios. É preciso de aval da CBF para que isso ocorra no Campeonato Brasileiro , e a entidade já sinalizou em outras ocasiões que isso só acontecerá quando houver consenso entre os 20 clubes da Série A ou, então, que todos os estádios do país tenham autorização dos órgãos de saúde para receber público — a intenção é não correr o risco de desequilíbrio técnico da competição, o que poderia gerar até mesmo ações na Justiça.