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MP pede prisão de prefeito e secretária de saúde de Manaus por ‘fura-fila’ da vacina

O Grupo de Atuação Especial no Combate ao Crime Organizado (Gaeco) do Ministério Público do Amazonas pediu a prisão preventiva do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante), e da secretária municipal de saúde, Shadia Fraxe, em ação que denuncia irregularidades na vacinação do Estado. O MP solicita ainda o afastamento dos cargos públicos de todos os 22 investigados. A Justiça Estadual disse não ser de sua competência a decisão e remeteu para análise da Justiça Federal.

De acordo com o Ministério Público, a nomeação de dez médicos pelo prefeito para o cargo de gerente de projetos configurou a prática de falsidade ideológica e peculato do chefe do executivo municipal, que teria como objetivo beneficiar o grupo. A secretária de Saúde teria tido participação direta nessas nomeações. Os promotores ressaltam que a nomeação dos profissionais foi realizada nos dias 18 e 19 de janeiro, “no acender das luzes da vacinação”.

A investigação também pede também pede a busca e apreensão de todos os celulares dos investigados, assim como o afastamento do subsecretário de Gestão de Saúde, Luiz Cláudio de Lima Cruz, dos assessores da Secretaria Municipal de Saúde Djalma Pinheiro Pessoa Coelho, Stenio Holanda Alves e Clendson Rufino Ferreira, além de requerer a apuração da prática do crime de peculato pelos dez médicos nomeados.

No documento encaminhado à Justiça, os promotores explicam que houve outras irregularidades, como a remuneração dos profissionais nomeados para o cargo ser superior à faixa salarial determinada para médicos no município. Os contratados, com carga horária de 24 horas, têm ganhos de R$ 9 mil, enquanto médicos temporários da cidade, com carga horária de 20 horas semanais, recebem menos de R$ 7 mil. Essa diferença, para o ministério público, configura crime de peculato.

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