Por Redação
A Associação Nacional do Transporte Autônomos do Brasil (ANTB) convocou uma greve de caminhoneiros para a segunda-feira (1). A associação é integrante do Conselho Nacional do Transporte Rodoviário de Cargas (CNTRC) e representa cerca de 4.500 motoristas de caminhão em todo o Brasil. Até o momento, a greve recebeu apoio da Confederação Nacional dos Trabalhadores em Transporte e Logística (CNTTL), que orienta todos os seus 800 mil motoristas a aderirem à paralisação, e da Federação Única dos Petroleiros (FUP), que declarou apoio aos caminhoneiros por meio de ações e protestos nos sindicatos ligados à entidade.
Segundo a ANTB, a greve reivindica a implementação do Código Identificador de Operação de Transporte (Ciot), uma conquista da categoria na greve de 2018, e a revisão no reajuste na Tabela do Piso Mínimo de Frete para o transporte rodoviário de carga, que pelas novas regras não leva em consideração os custos com pedágios, despesas de administração, tributos e taxas, e logísticas complementares ao transporte de cargas.
A greve também tem como motivação a alta do preço do diesel, combustível utilizado pela maioria dos caminhoneiros, que em dezembro sofreu um aumento de 4,4% nas refinarias.
As entidades que aderiram a paralisação garantem que 30% dos caminhoneiros estarão autorizados a carregar, transitar e descarregar. Uma atenção especial será dada a cargas com medicamentos, insumos médicos e/ou hospitalares, cargas vivas, perecíveis, combustíveis para instituições públicas e cargas destinadas às forças de segurança.
O presidente da ANTB, José Roberto Stringasci, em declaração a imprensa, disse acreditar que a paralisação pode maior do que a realizada em 2018. Na quarta-feira (27), o presidente da República, Jair Bolsonaro, pediu que os caminhoneiros não realizassem o ato, senão “todos vamos perder”.