Por Redação
O Marco Colonial de Touros, monumento deixado pelos portugueses na costa do Rio Grande do Norte em 1501, foi transferido para o Museu Câmara Cascudo (MCC), da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN), após ter passado anos no Forte dos Reis Magos. Longe dos olhos dos visitantes desde 2018, quando o Forte foi fechado para reformas, o marco passará por um processo de limpeza e restauração para, posteriormente, ser exposto novamente ao público.
A transferência foi conduzida por Técnicos do MCC e do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), e contou com o auxílio do setor de transportes da Universidade e da empresa de enenharia que realiza a restauração do Forte dos Reis Magos. O Marco foi transferido dentro de uma caixa de madeira, revestida em isopor, preparada exclusivamente para o seu transporte.
No museu, a peça de 1,2 metros foi instalada em uma sala preparada especificamente para execução do trabalho de restauração e alocação de uma exposição arqueológica. A ideia do MCC é que os visitantes possam visitar a peça durante o período de restauração, assim como acontece em grandes museus pelo mundo.
O Museu Câmara Cascudo continua fechado para o público devido as medidas de combate a pandemia da Covid-19.
O monumento
Datado de 07 de agosto de 1501, o Marco Colonial de Touros é o monumento histórico mais antigo registrado no Rio Grande do Norte. Segundo o historiador potiguar, Luís da Câmara Cascudo, esse seria o primeiro marco deixado pelos portugueses no Brasil durante o período do descobrimento. O monumento é uma das peças fundamentais na defesa da tese de que os portugueses chegaram ao continente americano pelo litoral potiguar, como defendem historiadores e turismólogos do estado.