Por Redação
A pesquisa Nacional de Endividamento e Inadimplência do Consumidor, divulgada nesta quinta-feira (18), apontou que o percentual de famílias brasileiras endividadas – com dívidas em atraso ou não – chegou a 66,5% em janeiro deste ano. O número é superior ao constatado no mesmo período do ano passado (65,3%). A pesquisa foi realizada pela Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC).
O percentual de inadimplentes, ou seja, famílias com dívidas ou contas em atraso, chegou a 24,8%. Já as famílias que não terão condições de pagar suas contas somaram 10,9% do total, abaixo dos 11,2% de dezembro, porém, acima dos 9,6% de janeiro de 2020.
De acordo com Izis Ferreira, economista responsável pela pesquisa, “com o fim do auxílio [emergencial] e o atraso no calendário de vacinação, as famílias de menor renda precisarão adotar maior rigor na organização do orçamento. Essa conjuntura faz o crédito ter papel ainda mais importante na recomposição da renda. É preciso seguir ampliando o acesso aos recursos com custos mais baixos, mas também alongar os prazos de pagamento das dívidas para manter a inadimplência sob controle”
A pesquisa da CNC aponta que, entre o total de endividados, 80,5% deles são provenientes de dívidas com cartão de crédito. Esse resultado leva o índice para um patamar histórico. Em janeiro do ano passado, a taxa de endividados com o cartão de crédito era de 79,8%.
Outros principais motivos para dívidas em janeiro deste ano foram: carnês (16,8%), financiamento de carro (9,9%) e crédito pessoal (8,4%).
*Com informações complementares da Agência Brasil