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Empresários rebatem Comitê Científico sobre orientação de fechamento dos estabelecimentos

Após documento divulgado nesta semana pelo Comitê Científico do RN, os empresários de bares e restaurantes rebateram o trecho que sugere o fechamento de seus estabelecimentos após as 22h pelos próximos 14 dias.

O trecho em questão fala sobre considerar “que interações em bares e restaurantes não conseguem cumprir com as medidas do protocolo de biossegurança e distanciamento social”. Para os empresários, desde o início a Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel) esteve ao lado dos que cumprem as determinações, “aplaudindo as ações fiscalizatórias e inibidoras contra os que se negavam a respeitar as regras”.

“Qual a base factual para fazer tal afirmação? Apresentando inúmeras informações e dados técnicos sobre os fatores de risco, o documento abdica dessa essência ao se referir a Bares e Restaurantes. Não nos confundam! Há, em todas as cidades, situações inimagináveis de risco que não vemos ser alvo de ação alguma”, afirma a categoria no comunicado divulgado.

Confira a carta aberta, na íntegra, divulgada pela Abrasel:

Considerações sobre o documento divulgado hoje pelo Comitê Científico de Combate a Pandemia de COVID 19 no estado do Rio Grande do Norte.

 

A Abrasel, Associação Brasileira de Bares e Restaurantes, que tem como missão representar e desenvolver o setor de Alimentação Fora do Lar no País vem a público apresentar sua opinião após a divulgação de documento que sugere restrições ao setor. 

 

Desde sempre demonstramos ampla colaboração e apoio ao combate à pandemia de Covid-19 e, como é público e notório, nosso setor esteve permanentemente junto aos movimentos que visaram reduzir riscos à saúde de nossa população.

 

Já no início da propagação da doença elaboramos os protocolos de funcionamento das empresas, garantindo segurança a colaboradores e clientes.  Igualmente, atuamos fortemente na orientação e permanente cobrança não só a associados, mas publicamente a todos os Bares e Restaurantes, para que atuassem dentro das mais rígidas normas de segurança. 

 

Daí ter causado grande estranheza o trecho do documento divulgado assinalando que “considerando que interações em bares e restaurantes não conseguem cumprir com as medidas do protocolo de biossegurança e distanciamento social”. Por que imputar a nós o que não é realidade? Sabemos que há exceções, mas desde o inicio estivemos ao lado dos que cumprem as determinações, aplaudindo as ações fiscalizatórias e inibidoras contra os que se negavam a respeitar a regra.

 

Qual a base factual para fazer tal afirmação? Apresentando inúmeras informações e dados técnicos sobre os fatores de risco, o documento abdica dessa essência ao se referir a Bares e Restaurantes. Não nos confundam! Há, em todas as cidades, situações inimagináveis de risco que não vemos ser alvo de ação alguma.

 

No Brasil inteiro não existe nenhum relato de surtos da doença dentro de estabelecimentos de Alimentação Fora do Lar, fato largamente difundido nos últimos meses e confirmado em pesquisa recente no nosso vizinho Ceará. Nem de longe estamos  entre locais inseguros. Nossos colaboradores e clientes demonstram exatamente o contrário.

 

Se há problemas pontuais, fomos e seguimos sendo os primeiros a cobrar e apoiar ações que os coíbam. Representamos, somente em Natal, mais de duas mil empresas. As denúncias de descumprimento, segundo os órgãos responsáveis, chegam tão somente a 2% deste total, com meros 0,8% de interdição.*

 

Isso é mais um importante dado para demonstrar que a maioria do setor, apesar de toda a dificuldade, de todo o endividamento, estar cumprindo as regras que acompanham o enfrentamento à pandemia. Não podemos ser responsabilizados por erros e desrespeito de uma insignificante minoria.

 

A Abrasel, repetimos, está e estará sempre à disposição para contribuir com a saúde de nossa sociedade. Para isso, reiteramos que buscamos o diálogo antes de qualquer decisão que nos envolva.  É assim que funciona o estado democrático de direito, ouvindo a todos os envolvidos no problema. Diálogo antes e ação coordenada depois. Juntos certamente encontraremos o melhor caminho.

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