A governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra, afirmou em entrevista coletiva na manhã desta sexta-feira que irá radicalizar nas medidas de enfrentamento à Covid-19 no estado, recomendando medidas mais duras e severas. De acordo com a governadora, a atual situação requer esse tipo de medida para amenizar os efeitos da pandemia.
Fátima anunciou que o governo do estado vai restringir os atendimentos externos presenciais em todos os órgãos públicos, incluindo Detran e nas Centrais do Cidadão, seguindo a recomendação da Secretaria Estadual de Saúde. Apesar de não ter especificado quais seriam as novas restrições, ela afirmou que o novo decreto irá tratar da circulação de pessoas em espaços públicos.
“O que posso adiantar é que essas medidas restritivas terão como foco e alvo a restrição de circulação de pessoas e, portanto, evitar aglomerações em ambientes públicos e espaços privados que geram aglomerações. Isso significa a gente radicalizar nas medidas protetivas, mais severas, para que a gente possa, se Deus quiser, conter essa onda, cuidar da saúde e garantir ao povo do Rio Grande do Norte aquilo que é mais sagrado, que é o direito de sobreviver”, disse. “Abrir leitos é nosso papel e estamos fazendo, mas isso tem um limite. Está comprovado que as medidas restritivas são imprescindíveis para que a gente possa vencer essas fases críticas no contexto da pandemia”, completou a governadora.
A governadora falou sobre a reunião realizada com o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, na noite desta quinta-feira (25), em que solicitou o encaminhamento de 40 kits para a viabilização de novos leitos de UTI no estado, assim como também a garantia do custeio desses leitos durante o período de funcionamento. De acordo com a gestora, o ministro garantiu que vai arcar com os custos da operacionalização dos leitos.
“Solicitei 40 kits para leitos de UTI e o ministro de pronto colocou que o que o Ministério dispõe de ventiladores e monitores, que serão enviados ao Rio Grande do Norte, mas que as bombas de infusão, infelizmente, não dispõe. O Ministério está buscando adquirir essas bombas e aí faria o envio para o estado”, disse Fátima, afirmando que o custeio dos leitos está garantido.