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Primeiro medicamento para tratar a Covid-19 ganha registro da Anvisa

Por redação

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) anunciou, nesta sexta-feira (12), o registro do primeiro medicamento de pacientes hospitalizados com Covid-19, o antiviral Remdesivir.

O medicamento poderá ser usado, segundo o registro, por no mínimo 5 dias e no máximo 10 dias, em adultos e adolescentes com idade superior a 12 anos e que pesem pelo menos 40 kg, hospitalizados com quadro de pneumonia, e que requerem administração suplementar de oxigênio, mas desde que o paciente não esteja em ventilação mecânica.

Um estudo usado pela Anvisa para justificar a liberação apontou que os pacientes que tomaram o medicamento se recuperaram mais rapidamente que os demais: os que receberam o Remdesivir tiveram melhora clínica em 10 dias, enquanto que os que não receberam a terapia tiveram melhora em 15 dias.

Nos estudos, nenhum dos pacientes que utilizou o antiviral morreu. Entre os efeitos adversos, foi observado, em alguns casos, toxidade no rim.

O Remdesivir é um medicamento sintético usado de forma intravenosa (injetado na veia) e age impedindo a replicação viral.

“Isso (registro do medicamento) é fruto de uma eficácia, segurança e qualidade apresentadas”, afirmou o gerente Geral Medicamentos e Produtos Biológicos da Anvisa, Gustavo Mendes.

Apesar de o registro ter sido concedido nesta sexta, o especialista em Regulação e Vigilância Sanitária da agência, Raphael Sanches, afirmou que “ainda restam algumas pendências” que estão sendo pesquisadas sobre o produto, como o comportamento do insumo farmacêutico ativo, mas que a segurança e eficácia já foram comprovadas.

O medicamento pode ser armazenado em temperatura ambiente e com prazo de validade de 36 meses.

Registro de vacina

Ainda nesta sexta, Anvisa também informou que o registro definitivo à vacina da AstraZeneca/Oxford contra a Covid-19, com etapa de fabricação no Brasil. A vacina é a segunda a obter o registro sanitário definitivo no país e já teve o uso emergencial liberado em janeiro.

“A vacina já vinha sendo utilizada pelo uso emergencial no Brasil, mas que agora vai ser registrada aqui na agência com uma etapa de fabricação aqui no Brasil. O que a gente acredita que representa maior autonomia, maior acesso à vacina”, disse Gustavo Mendes.

A vacina da AstraZeneca já tinha autorização para uso emergencial, assim como a CoronaVac, produzida pelo Instituto Butantan. O primeiro registro definitivo foi dado para a vacina da Pfizer, em 23 de fevereiro, mas ela não tem acordo com o governo ou distribuição no Brasil.

Com informações complementares do G1

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