O médico e deputado estadual Albert Dickson (PROS). Foto: 98 FM
Os principais sintomas causados pela nova cepa brasileira do novo coronavírus são dores de garganta e de cabeça e espirro, segundo o médico e deputado estadual Albert Dickson (PROS). A variante, conhecida como P-1 ou variante de Manaus, provavelmente emergiu na capital amazonense em meados de novembro de 2020. Ela chegou até o Rio Grande do Norte elevando as taxas de transmissibilidade e letalidade, segundo afirmou Dickson em entrevista ao 12 Em Ponto 98 desta segunda-feira (29).
“Antigamente as pessoas ficavam esperando a perda de olfato, perda de paladar que eram os principais sintomas, hoje apenas 5% [dos infectados] é da nova cepa. O que predomina hoje, primeiro é garganta arranhando, depois é espirrar e dor de cabeça, esse trio que é o principal da nova cepa”, explicou o médico.
Dickson pontuou que hoje em dia o vírus não atinge apenas idosos e pessoas comorbidades, ele afirmou que houve o aumento de 45% no número de jovens acometidos pela doença.
“A cepa antiga que era da primeira onda, ela se adaptou, fez uma nova roupagem para conseguir ultrapassar barreira que o ser humano conseguiu construir. É um fenômeno natural dos vírus e a gente precisa entender ele para ganhar uma guerra”, disse ao 12 Em Ponto 98.
Albert destacou a mudança das características clínicas dos pacientes, de acordo com o médico a mutação do vírus atinge outros órgãos do corpo humano além do pulmão, como o fígado.
“Os médicos da UTI estão pensando que a culpa é do remédio, que o paciente está chegando com problema de hepatite, é da Covid. Ela se adaptou para quando o remédio entrar no nosso sistema, o fígado já vai estar ruim e ele não vai funcionar, por isso que o óbito está sendo muito alto”, explicou.