Presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Estado (COREN-RN), Manoel Egídio. Foto: 98 FM
O presidente do Conselho Regional de Enfermagem do Estado (COREN-RN), Manoel Egídio, disse em entrevista ao 12 Em Ponto desta terça-feira (30) que os profissionais que forem flagrados fingindo aplicar a vacina contra Covid-19 nos pacientes podem responder criminalmente pelo delito, além de ter o registro cassado no Conselho. De acordo com Egídio, até o momento não houve denúncias desse tipo no Estado.
“Tem casos já identificados em alguns estados, inclusive com processos éticos abertos contra esses profissionais, o que não impossibilita um processo também criminal. Isso é um crime, é um atentado contra a saúde daquela pessoa que foi tomar a vacina, como contra a saúde pública”, afirmou.
O presidente do COREN-RN disse ainda que a vacina requer um tempo para ser administrada, segundo Egídio o imunizante não pode ser aspirado do frasco e ficar ao ar livre até ser aplicado. Ele afirmou que desde o aparecimento dos primeiros casos na mídia, os conselhos estaduais e federal estão atentos para identificar aonde o delito vem acontecendo com a intenção de coibir a prática. Segundo Egídio, o Brasil tem hoje mais de 2.400 milhões de profissionais de enfermagem e o RN conta com mais de 40 mil.
“Isso é uma minoria de maus profissionais, não posso nem chamar de profissional uma pessoa que comente um crime deste tipo. No RN não temos nenhum caso de denúncia feita sobre essas situações ao conselho regional”, disse.
De acordo com Egídio o paciente deve observar o preparo para a vacinação, como a aspiração do frasco e a quantidade do líquido na seringa, ele disse ainda que é recomendado pedir para ver o frasco do imunizante.
“É recomendado que as pessoas façam essa aspiração de forma que seja visível ao paciente, são só 0,5 ml, temos orientado o profissional inclusive a apresentar a seringa para que o paciente veja, ao administrar, e depois de injetar mostrar que está vazia”, explicou.
O Conselho está realizando fiscalizações nos pontos de vacinação da capital e do interior para acompanhar o processo de imunização, segundo Egídio.