O Estado somou 1623 pacientes em leitos em março. Foto: Governo do RN
A maior parte dos pacientes com Covid-19 que ocuparam leitos de UTI no Rio Grande do Norte em março deste ano tinham abaixo de 60 anos, cerca de 52% do total, segundo números compilados pelo astrofísico e professor José Dias do Nascimento da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e integrante do comitê científico do Nordeste no enfrentamento da Covid. No mês passado, o RN somou 1623 pacientes em leitos, contando com aqueles que receberam alta e com os que ainda estão internados, desses 849 tinham entre 15 e 59 anos.
De acordo com os números são 518 entre 15 e 49 anos, cerca de 31%, e 331 de 50 a 59 anos, o que soma 20,3% do total. Os dados mostram ainda que 303 possuíam faixa etária entre 60 e 69 anos. Segundo o cientista, dos 1623 pacientes que foram internados com Covid, 2 tinham mais de 100 anos.
Segundo dados do portal do Laboratório de Inovação Tecnológica em Saúde da UFRN (Lais-UFRN), a faixa etária que apresenta a maior incidência de casos de Covid no Estado é de 35 a 39 anos. As mulheres são a maioria no total de pacientes com o novo coronavírus desde o começo da pandemia, sendo 53,94% dos casos, enquanto homens somam 46,05%. De acordo com o laboratório, ao longo de 2020 a taxa de ocupação de leitos por idosos permaneceu acima de 60%, e desde 25 de dezembro passado, o percentual de não idosos passou a crescer.
Em relação aos óbitos, segundo o Lais-UFRN, pessoas com idades entre 70 a 74 anos são as principais vítimas da doença. Apesar das mulheres serem a maioria em relação ao número de doentes desde o início da pandemia, 54,67% das mortes por Covid no RN são de homens. Segundo a Sociedade Brasileira de Pediatria, as crianças não estão entre as faixas etárias mais acometidas pela Covid neste momento da pandemia.
O Estado chegou nesta segunda-feira (5) a 4.641 óbitos pelo novo coronavírus, com 199.748 casos confirmados da doença. As 18h43 desta segunda-feira (5), a taxa de ocupação de leitos de críticos de UTI no RN chegou a 97,1%, enquanto a região do Seridó potiguar alcançou os 100% da capacidade, segundo dados do portal Regula RN do Lais-UFRN.