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China envia ao Brasil insumo para produção de 5 milhões de doses da vacina CoronaVac

(Foto: Bio-Manguinhos/Fiocruz)

Por redação

A biofarmacêutica Sinovac Life Sciences, responsável pelo desenvolvimento da vacina Coronavac, deu início ao processo de envio de um novo lote da matéria-prima necessária para a produção do imunizante no Instituto Butantan.

Na noite de quarta-feira (14), já quinta-feira (15) no fuso horário chinês, a carga com 3 mil litros de IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) começou a ser preparada para embarcar rumo a São Paulo nos próximos dias.

Em vídeo divulgado pelo governo de São Paulo, três conteiners especiais para transporte do imunizante são levados ao aeroporto para procedimentos de quarentena, desembaraço e segurança. A nova remessa produzirá cerca de 5 milhões de doses da vacina contra a Covid-19.

Com a preparação do envio ainda nesta semana, o Instituto Butantan prevê a chegada dos insumos em São Paulo na segunda-feira (19). O Butantan já havia anunciado que a expectativa do governo estadual era de que a matéria-prima chegasse até o dia 20 de abril, com isso podendo haver atraso na entrega das 5,3 milhões de doses restantes – previstas originalmente para até 30 de abril – no acordo com o Ministério da Saúde para abastecimento do Programa Nacional de Imunizações (PNI).

Na manhã da última quarta-feira, o governo paulista atingiu 40,7 milhões de doses repassadas ao PNI. As autoridades paulistas, no entanto, informaram que a Coronavac não integrará a logística da nova etapa da campanha de vacinação no estado, que atenderá pessoas entre 60 e 64 anos a partir do dia 29 de abril com o uso exclusivo da vacina Oxford/Astrazeneca produzida pela Fiocruz. Isto se deve ao fato de o Instituto Butantan estar há mais de 15 dias com a produção de vacinas paralisada devido à falta de insumos.

Produção paralisada

No dia 8 de abril o Instituto Butantan havia paralisado a produção da vacina CoronaVac por falta de matéria-prima. Um novo carregamento do insumo chamado IFA (Insumo Farmacêutico Ativo) estava previsto para chegar da China no dia 9 de abril, mas foi postergado.

O atraso da remessa foi provocado pela intensificação da campanha de vacinação na própria China. Até agora os chineses vinham exportando boa parte de suas vacinas por estarem com o contágio da Covid-19 controlado.

A previsão inicial do Instituto era de que nesta quinta-feira (15) os insumos já estivessem no Brasil para retomada da produção, mas apenas hoje o lote começou a ser preparado para ser enviado. A expectativa era de que 6 mil litros de IFA fossem mandados pela chinesa Sinovac, suficientes para produção de 10 milhões de doses da vacina.

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