O presidente Jair Bolsonaro foi o 21º chefe de estado a discursar na Cúpula do Clima, evento virtual organizado pelo governo dos Estados Unidos, que começou nesta quinta-feira (22) e vai até amanhã (23). Bolsonaro faz parte de um grupo de 40 chefes de Estado e de governo, além de outras autoridades, que estão participando. No discurso, Bolsonaro se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030.
Em seu discurso de pouco mais de três minutos, o presidente do Brasil foi “empurrado” para o fim da fila entre os que iriam discursar. Apontando avanços e cumprimento de acordos já firmados, Bolsonaro disse que o Brasil responde por menos de 3% das emissões globais, com cerca de 2,7% da população mundial. Segundo o presidente, o país tem tomado várias medidas para práticas sustentáveis na Agricultura e prometeu ainda duplicar os recursos para fiscalização ambiental, acabando com o desmatamento ilegal na Amazônia até 2030.
Antes do discurso de Bolsonaro, o presidente americano Joe Biden deixou a reunião, assim como sua vice, Kamala Harris. Biden teria uma reunião às 10h30.
A ordem de pronunciamento do Brasil, que ficou entre os últimos a se pronunciar, surpreendeu parte dos presentes e foi entendido como uma represália dos EUA. Após o discurso, inclusive, Bolsonaro deixou a sala virtual de reunião.
Conferência virtual
Entre os convidados ao evento estão o papa Francisco e a indígena brasileira Sinéia do Vale. A cúpula antecede a 26ª Conferência sobre o Clima, a Cop26, a ser realizada em novembro em Glasgow, na Escócia. Um dos principais objetivos é impedir a elevação da temperatura média do planeta acima de 1,5 grau neste século.
Em carta enviada ao presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, o presidente Jair Bolsonaro já se comprometeu a acabar com o desmatamento ilegal até 2030. Ele, inclusive, reconheceu o aumento das taxas de desmatamento a partir de 2012 e afirmou que o Estado e a sociedade precisam aperfeiçoar o combate a esse crime ambiental.
Na carta a Biden, além de definir metas e compromissos, Bolsonaro apontou as iniciativas feitas pelo Brasil para a preservação do meio ambiente, como projetos nas áreas de bioeconomia, regularização fundiária, zoneamento ecológico-econômico e pagamento por serviços ambientais.
Por Agência Brasil