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PM irmão de Witzel é preso em operação contra o PCC em São Paulo

Wilson Witzel e o irmão, Douglas Witzel. Foto: Reprodução Instagram

O sargento da Polícia Militar Douglas Renê Witzel, que é irmão do governador afastado do Rio de Janeiro, Wilson Witzel (PSC), foi preso na manhã desta quinta-feira (22), em Jundiaí, no interior de São Paulo. Douglas foi um dos alvos da Operação Rebote contra policiais militares e integrantes da facção criminosa Primeiro Comando da Capital (PCC). A ação foi aberta em conjunto pelo Ministério Público de São Paulo e pela Corregedoria da PM.

As investigações começaram em setembro de 2020 como um desdobramento da Operação Macuco, os promotores trabalham para identificar os narcotraficantes que exercem funções liderança regional e estadual na facção. Os investigadores descobriram durante o monitoramento do grupo, o envolvimento de policiais militares, subordinamos a Douglas, no furto de cofres e caixas eletrônicos de um supermercado, executado por membros da facção. Segundo o MP, os traficantes presos pela tentativa de furto foram auxiliados pelos PMs na ação, aos agentes teriam ajudado a monitorar o local, compartilhando a rede de rádio da corporação.

“Basicamente o policial militar deixou seu telefone ligado durante todo o tempo da ação dos criminosos, a fim de que eles pudessem acompanhar a rede de rádio da polícia militar local”, afirma o MP no pedido enviado à Justiça para obter mandados de busca e prisão. “A todo o momento, o policial militar interceptado e os demais criminosos monitoram o lado externo do local do crime, discutindo a respeito dos veículos que transitam nas imediações. Também ruídos indicativos de marretadas e uso de furadeira apontavam que o arrombamento do local que seria furtado ocorria simultaneamente à ligação.”

Douglas foi detido em casa, na residência os agentes encontraram um revólver calibre 38, com a numeração raspada, um simulacro de pistola, uma munição íntegra calibre 32 e dezenas de cartuchos deflagrados, de calibres 380, 38 e 40. A arma e as munições estavam em um guarda-roupas, mas o policial disse não saber que o material estava guardado ali. Segundo a reportagem do Estadão, o irmão do governador afastado do Rio disse que o material pertencia ao ex-sogro, já falecido.

*Com informações do Estadão

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