

Nesta segunda-feira (10), o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, disse que a lentidão e incerteza na liberação do insumo da vacina CoronaVac podem afetar o cronograma de vacinação no país a partir de junho. Hoje, o Instituto entregou 2 milhões de doses da vacina ao Ministério da Saúde. Mais duas novas remessas serão feitas até o final desta semana.
O Butantan é parceiro do laboratório Sinovac, e responsável pela etapa final de produção da vacina no Brasil. Após os envios, o Instituto precisa receber a matéria-prima para conseguir retomar o envase, que foi suspenso na última quinta-feira (6).
“A partir daí não teremos mais vacina porque não recebemos o IFA( Insumo Farmacêutico Ativo) para que isso possa ser processado. Situação parecida com essa também é enfrentada pela Fiocruz [responsável pela vacina de Oxford/AstraZeneca]. Que também não teve seu IFA liberado. Preocupa para o cronograma de vacinação, não neste momento, mas a partir de junho, que poderá sofrer algum impacto”, disse Dimas Covas.
Com o envio desta segunda-feira (10), o total de vacinas oferecidas por São Paulo ao Plano Nacional de Imunizações (PNI) chega a 45 milhões de doses desde o início das entregas, em 17 de janeiro. Já na quarta-feira (12), serão destinadas mais 1 milhão de doses e sexta-feira (14) mais 1,1 milhão. Os novos lotes foram envasados com insumo recebido pelo Butantan em abril.
Essas entregas permitirão ao Instituto concluir o primeiro contrato firmado com o governo federal para o fornecimento de 46 milhões de doses, que sofreu atraso de algumas semanas após problemas com a entrega de Insumo Farmacêutico Ativo (IFA) vindos da China.
*Com informações do G1