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Bolsonaro participa de ato com motociclistas no RJ; presidente, Pazuello e outros apoiadores não usavam máscara

(Foto: Reprodução/CNN)

Por Redação

O presidente Jair Bolsonaro participou neste domingo (23) de um passeio de moto com apoiadores no Aterro do Flamengo, zona Sul do Rio de Janeiro. Denominado “motociata”, o evento reuniu milhares de pessoas que se aglomeraram pelas ruas onde o presidente passou. Assim como em outros eventos convocados por Bolsonaro e apoiadores, o presidente não usou máscara.

Diversos outros participantes da “motociata” também estavam sem o item de proteção contra Covid-19, entre eles, o ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello. A atitude do ex-ministro vai contra o que ele falou durante durante o depoimento na CPI da Covid, no Senado Federal, na última quinta-feira (20), quando pediu desculpas por não ter usado máscara em outras ocasiões e afirmou ser a favor do uso do item.

Apesar da aglomeração e de não ter usado máscara, Bolsonaro disse lamentar todas as mortes ocorridas no Brasil. “Lamento cada morte havida no Brasil, cada morte, não importa a motivação da mesma. Mas nós temos que ser fortes, nós temos que enfrentar desafios, viver e sobreviver”, afirmou o presidente.

“Nós não tiramos o emprego de ninguém, muito pelo contrário, fizemos o possível para que eles fossem mantidos. Estamos ainda em um momento difícil, mas se Deus quiser, logo ele passará. Temos que viver, temos que ter alegrias também, temos que ter ambições, temos que ter esperança”, disse Bolsonaro.

O presidente também voltou a criticar as medidas de isolamento adotadas por governadores. “Desde o começo eu disse que tínhamos dois problemas: o vírus e o desemprego, muitos governadores e prefeitos simplesmente ignoraram a grande maioria da população brasileira e sem qualquer comprovação científica decretaram lockdowns, confinamentos e toque de recolher”.

Vale ressaltar que entidades de saúde brasileiras, como a Fiocruz, defendem o lockdown como forma de conter o avanço do novo coronavírus. Algumas experiências de isolamento total, como a ocorrida em Araraquara, em abril deste ano, também apresentaram bons resultados.

Acompanharam o presidente políticos e autoridades, entre eles, o ministro da Infraestrutura, Tarcísio de Freitas, e o deputado federal Marco Feliciano (Republicanos-SP). O ex-ministro da Saúde Eduardo Pazuello também estava presente.

Concentração

A concentração dos apoiadores começou por volta das 8h. O grupo de motociclistas saiu do Parque Olímpico, na Barra da Tijuca, zona Oeste do Rio de Janeiro, por volta das 10h. A segurança envolveu a Polícia Rodoviária Federal, Polícia Militar e agentes da prefeitura. Mais de 1 mil policiais participaram da ação. O trajeto até o Monumento dos Pracinhas durou cerca de 1h30.

Redes sociais

Nesta manhã a hashtag #BolsoInRio ficou entre as mais comentadas no Twitter. Além de apoio, o presidente recebeu críticas nas redes sociais por não usar máscara e causar aglomeração.

O presidente chegou ao local da concentração por volta das 9h30. Ele não usava máscara e foi cercado por diversos apoiadores, que se aglomeraram ao seu redor, muitos também sem máscara.

O passeio no Rio foi organizado por apoiadores e divulgado nas redes sociais do presidente Bolsonaro.

No Rio, estão vigentes decretos municipal e estadual que determinam o uso de máscaras de proteção facial.

Risco de contágio

Na cidade do Rio, o risco de contágio pelo novo coronavírus é alto, conforme classificação do governo do estado.

De acordo com o último levantamento, há 839,6 mil casos confirmados no estado e foram registradas 49,4 mil mortes. Na cidade do Rio, são 314,6 mil casos e 25,9 mil mortes.

Em todo o Brasil, foram confirmados 16.047.439 casos de covid-19 desde o início da pandemia. Até o momento, foram registradas 448.208 mortes pela doença.

*Com informações da Agência Brasil

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