Por Redação
O governador do Amazonas, Wilson Lima (PSC), não foi depor na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Covid-19, após ter seu pedido de habeas corpus para não ir ao Senado Federal atendido ontem pela ministra do Supremo Tribunal Federal (STF) Rosa Weber. O depoimento do governador estava marcado para às 9h desta quinta-feira (10).
O senador Omar Aziz, presidente da CPI, não havia sido informado da ausência de Lima até as 8h30 de hoje.
Na justificativa da decisão, a ministra registrou: “Na espécie, constato que o paciente não apenas está sendo investigado no âmbito da Operação Sangria, mas também figura como denunciado na APn 993/DF, em tramitação no Superior Tribunal de Justiça. Evidencia-se inequivocamente a sua condição de acusado no contexto de investigações que apuram o desvio e má aplicação de verbas públicas federais no âmbito da execução das políticas de saúde para o enfrentamento da Pandemia decorrente da Covid-19. Tais razões, no meu entender, impõem, em observância ao direito à não autoincriminação, a convolação da compulsoriedade do ato convocatório em facultatividade, a ser exercida discricionariamente pelo paciente no interesse de sua defesa”.
Wilson Lima seria o primeiro dos governadores a prestar depoimento à comissão. Se aceitasse comparecer à CPI, o chefe do Executivo estadual seria pressionado por investigações de desvio de recursos federais para o combate à Covid-19 no estado e cobrado pela crise de desabastecimento do oxigênio hospitalar em Manaus.
Em janeiro deste ano, Manaus, capital amazonense, foi palco de uma grave crise de desabastecimento do oxigênio hospitalar, que fez o sistema de saúde local entrar em colapso e culminou na morte de milhares de amazonenses.
*Com informações do Metrópoles