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CPI aprova quebra de sigilos de Pauzuello, Mayra e Araújo; veja lista completa

O ex-ministro da Saúde, Eduardo Pazuello. Foto: Agência Brasil

Por CNN

A CPI da Pandemia aprovou nesta quinta-feira (10) uma extensa lista de requerimentos de quebra dos sigilos telefônico e telemático, incluindo os ex-ministros Eduardo Pazuello (Saúde) e Ernesto Araújo (Relações Exteriores) e Mayra Pinheiro, secretária de Gestão do Trabalho e Educação do Ministério da Saúde.

Entre os alvos dos pedidos aprovados também estão o assessor internacional da Presidência da República, Filipe Martins, o empresário Carlos Wizard e o virologista Paolo Zanotto – os dois últimos são apontados como integrantes de um suposto “gabinete paralelo” que orientaria o presidente Jair Bolsonaro (sem partido) no enfrentamento da pandemia de Covid-19.

Antes da apresentação dos requerimentos pelo relator da CPI, senador Renan Calheiros (MDB-AL), o senador Marcos Rogério (DEM-RO) apresentou questão de ordem contra as votações, argumentando que a quebra de sigilo tem que ser uma exceção e não deveria ser aplicada a pessoas que, sequer, foram ouvidas pela comissão.

Fabiano Contarato (Rede-ES) contrapôs a argumentação de Marcos Rogério. “O sigilo bancário não tem caráter absoluto, deixando de prevalecer em casos excepcionais diante da exigência imposta pelo interesse público”, afirmou.

O presidente da CPI, senador Omar Aziz (PSD-AM) indeferiu a questão apresentada e deu prosseguimento para a sessão. “Os requerimentos estão, devidamente, fundamentados (…) Se houver qualquer excesso, os interessados podem recorrer ao Judiciário.”

Com isso, o relator apresentou os pedidos, divididos em quatro blocos:

Bloco 1

  • Requerimento 733 – Sigilo da secretária do Ministério da Saúde, Mayra Pinheiro
  • Requerimento 735 – Sigilo de Filipe Martins, assessor especial da Presidência

Os pedidos desse bloco foram aprovados com voto contrário de Marcos Rogério.

Bloco 2

  • Requerimento 736 – Sigilo do ex-ministro Ernesto Araújo
  • Requerimento 737 – Sigilo do ex-ministro Eduardo Pazuello
  • Requerimento 738 – Sigilo do empresário Carlos Wizard
  • Requerimento 747 – Sigilo de Zoser Plata Bondin, assessor especial do Ministério da Saúde
  • Requerimento 748 – Sigilo de Túlio Silveira, representante da Precisa Medicamentos
  • Requerimento 750 – Sigilo de Paolo Zanotto, médico e suposto integrante do “gabinete das sombras”
  • Requerimento 752 – Sigilo de Marcellus Campelo, secretário de Saúde do Amazonas
  • Requerimento 753 – Sigilo de Luciano Dias Azevedo, tenente da Marinha
  • Requerimento 754 – Sigilo de Hélio Angotti Neto, médico e secretário de Tecnologia, Inovação e Insumos Estratégicos
  • Requerimento 755 – Sigilo de Francisco Ferreira Filho, coordenador do comitê de crise no Amazonas
  • Requerimento 756 – Sigilo de Francisco Emerson Maximiano, sócio da Global, empresa produtora da Covaxin
  • Requerimento 757 – Sigilo de Francieli Fantinato, secretária do Ministério da Saúde
  • Requerimento  758  – Sigilo de Flávio Werneck, assessor de assuntos internacionais do Ministério da Saúde
  • Requerimento 761 e Requerimento 824 – Sigilo de Élcio Franco, ex-secretário executivo do Ministério da Saúde
  • Requerimento 763 – Sigilo de Camile Giaretta Sachetti, ex-diretora de Ciência e Tecnologia do Ministério da Saúde
  • Requerimento 764 – Sigilo de Arnaldo Correira de Medeiros, ex-secretário do Ministério da Saúde
  • Requerimento 782 – Sigilo de Alexandre Figueiredo Costa e Silva, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU)
  • Requerimento 791 – Sigilo fiscal e bancário da Associação Dignidade Médica de Pernambuco

Os pedidos foram aprovados com voto contrário de Marcos Rogério.

Bloco 3

  • Requerimento 792 – Sigilo fiscal, bancário, telefônico da Empresa Profissionais de Publicidade Reunidos (PPR)

O pedido foi aprovado com votos contrários de Marcos Rogério e Jorginho Mello (PL-SC)

Bloco 4

  • Requerimento 793 – Sigilo bancário, fiscal e telefônico da empresa Calya/YE
  • Requerimento 794 – QUebra de sigilo bancário, fiscal e telefônico da empresa Artplan

Neste último bloco, os pedidos foram aprovados com votos contrários de Marcos Rogério e Luis Carlos Heinze (MDB-RS)

Na sequência, Aziz afirmou que foram retirados da pauta o requerimento 749, para quebra de sigilo de Shirley Meschke Mendes, ex-diretora jurídica da Pfizer no Brasil, e o requerimento 760, para quebra de sigilo de Eliza Samartini, gerente de relações governamentais da Pfizer, por não haver “fato determinante”.

A transferência de sigilo telefônico e telemático da médica Nise Yamaguchi também estava na pauta, mas não chegou a ser votado.

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