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CPI da Pandemia pedirá condução coercitiva do empresário Carlos Wizard

Carlos Wizard Foto: Fabiano Accorsi/Divulgação

Por Agência Senado

Diante da ausência no depoimento desta quinta-feira (17), o presidente da CPI da Pandemia, senador Omar Aziz (PSD-AM), anunciou que solicitará a condução coercitiva do empresário Carlos Wizard e a apreensão do seu passaporte quando ele, que está nos Estados Unidos, voltar ao Brasil.

Omar adiou o depoimento do auditor afastado do Tribunal de Contas da União (TCU), Alexandre Marques, autor de um relatório falso que questiona o número de mortos por covid-19. Nesta sexta-feira (18), a CPI votará novos requerimentos de convocação do governador do Rio de Janeiro, Cláudio Castro, e de quebras de sigilo de prestadores de serviço ao estado na área da saúde. O senador Marcos Rogério (DEM-RO) questionou o pedido de sessão secreta para novo depoimento do ex-governador Wilson Witzel.

O empresário obteve na véspera um habeas corpus, concedido pelo ministro Luís Roberto Barroso, do Supremo Tribunal Federal, concedendo-lhe o direito de não responder a perguntas que o incriminassem. Omar Aziz criticou com veemência Wizard por, mesmo assim, não ter comparecido:

“Hoje, às 7h da manhã, a secretaria da comissão recebeu pedido dos advogados de Carlos Wizard de audiência com esta presidência para tratar de “redesignação de data”. É uma brincadeira dele, né? Uma data combinada para ele vir”, indignou-se.

O presidente da CPI disse que o não comparecimento de Wizard é um desrespeito “não com a CPI, mas com o STF”:

“O que me espanta é um cidadão procurar o STF para conseguir um habeas corpus para vir a esta CPI e ficar em silêncio, e não aparecer. Então para que foi ao Supremo, se não vinha? O ministro Barroso com certeza tem muitos afazeres. O sr. Carlos Wizard está achando que conseguir habeas corpus no Supremo é que nem ir à quitanda comprar bombom” disse.

Remarcação

Devido à sessão deliberativa do Plenário para discutir a MP da privatização da Eletrobras, foi adiado o depoimento de Alexandre Figueiredo Costa Silva Marques, auditor do Tribunal de Contas da União (TCU). Ele seria ouvido a respeito de um relatório não oficial de sua autoria, usado pelo presidente Jair Bolsonaro para lançar dúvida sobre o número oficial de brasileiros mortos pela covid-19.

“Todos têm interesse em debater a MP. Pedimos desculpas ao sr. Alexandre. No momento oportuno teremos nova data para ele comparecer”, encerrou o presidente da CPI.

 

 

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