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Styvenson chama Bolsonaro de “Bozo” e pede mais transparência com gastos do cartão corporativo: “Errou, vai pra chibata”

Senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) – Foto: Roque de Sá / Agência Senado

O senador Styvenson Valentim (Podemos-RN) cobrou do presidente Jair Bolsonaro nesta quinta-feira (17), pelas redes sociais, mais transparência com gastos do cartão corporativo, ao qual o presidente e sua equipe têm direito para cobrir despesas pessoais e para bancar itens como abastecimento de veículos oficiais, esquemas de segurança e viagens.

Em resposta a um seguidor no Instagram que pediu ao senador fiscalização sobre gastos de Bolsonaro, Styvenson sugeriu que o presidente deveria detalhar melhor como gasta recursos públicos. “Absurdo esses gastos no cartão corporativo com crédito do imposto pesado sobre o povo brasileiro. O sr presidente tão defensor da honestidade deveria mostrar onde, como, com que tá torrando o $$$ do povo ? (sic)”, escreveu o senador.

No mesmo comentário, o senador do RN enfatizou que é um parlamentar independente. “Tenho nenhuma ligação com presidente da república nem com político nenhum. Errou vai pra chibata”, complementou.

Em outro texto, publicado na mesma postagem, Styvenson acrescentou que, em sua análise, Jair Bolsonaro não gere bem o dinheiro público. Nesse momento, o senador usou um termo pejorativo para se referir ao presidente da República. “Bozo é outro desregrado no uso do dinheiro público. Acha mesmo que defendo político A ou B ? Errado é ERRADO em qualquer um dos lados. Entre políticos mentirosos e ladroes ainda tem gente nova e limpa que prova que pode ter zelo pelo $$$ público”, escreveu.

Os comentários de Styvenson sobre o presidente surgiram em uma postagem feita por ele mesmo para questionar gastos do senador Humberto Costa (PT-PE) com verbas parlamentares. O senador potiguar reproduziu uma matéria do site “O Antagonista” que revelou que Humberto Costa utilizou mais de R$ 9,6 mil da cota parlamentar só em maio para despesas com alimentação, combustível e aluguel de carro.

Entre os gastos, chamou a atenção o fato de o Senado ter pagado, entre as despesas apresentadas por Humberto, limão espremido de R$ 0,50 na água com gás do senador.

Gastos de Bolsonaro

A média de gastos do cartão corporativo da Presidência da República em 2020 foi superior ao valor consumido pelo ex-presidente Michel Temer (MDB) e se aproxima de Dilma Roussef (PT). O total consumido foi de R$ 7,86 milhões de dinheiro público até novembro.

A informação foi publicada pelo jornal Folha de S.Paulo, que calculou o valor usando a base de dados do Portal da Transparência, de 2013 a 2020.

O valor médio gasto por mês é de R$ 672.100. A quantia representa crescimento de 51,7% em relação ao governo Temer (R$ 442.900) e é 2,6% menor que a fatura mensal da administração de Dilma (R$ 690.200). Os valores foram corrigidos de acordo com a inflação.

Os gastos do cartão corporativo do governo federal são realizados por servidores dos diferentes órgãos e ministérios. Como gastos do presidente Bolsonaro, foram considerados as despesas da Secretaria de Administração da Presidência da República. Isso não significa que o próprio presidente tenha realizado a despesa.

A lista dos gastos detalhados, contudo, é mantida em sigilo, o que é alvo de críticas de parlamentares e entidades que combatem a corrupção.

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