O ministro das Comunicações, Fábio Faria, acusou a governadora do Rio Grande do Norte, Fátima Bezerra (PT), de se “apropriar” indevidamente de ações que o Governo Federal tem executado no Estado. Em entrevista ao programa “12 em Ponto 98”, da 98 FM Natal, nesta segunda-feira (12), o ministro criticou a gestora estadual por buscar obter ganhos políticos com medidas do governo Jair Bolsonaro sem dar o crédito para o presidente ou aos ministros.
A principal crítica de Fábio é à campanha de divulgação que o Governo do Estado tem feito da distribuição de vacinas contra a Covid-19. As doses são compradas pelo Ministério da Saúde e entregues à gestão estadual, que se responsabiliza por distribuir para os municípios e organizar a estratégia vacinal no seu território. O ministro das Comunicações reclama da omissão, por parte das propagandas do governo, de que as vacinas são adquiridas pelo Governo Federal.
“Ela se apropria de tudo que vem para o Rio Grande do Norte por parte do Governo Federal, sem falar o nome do Governo Federal. Quem pagou, quem comprou, adquiriu e enviou para os estados 100% das vacinas foi o Governo Federal. E, se você olha a campanha dela (Fátima) de TV, ela disse que praticamente foi ela que comprou as 2 milhões de vacinas no Rio Grande do Norte e distribuiu. O Governo Federal compra, adquire e envia para o Governo do Estado. O único trabalho do Governo do Estado é distribuir para as prefeituras. São as prefeituras que aplicam”, enfatizou Fábio Faria.
O ministro também criticou Fátima Bezerra por, segundo ele, não atribuir ao Governo Federal o envio de recursos financeiros para a compra de equipamentos da área de segurança pública. Ele disse que uma entrega assegurada com recursos de emenda parlamentar de sua autoria não teve qualquer menção ao seu nome.
“O povo do Rio Grande do Norte precisa que ela diga a verdade. É simples. É um fato simples. Não precisa falar que a vacina foi ela. Quando critica, não sempre coloca o nome? Qualquer crítica, não coloca o nome ‘Jair Bolsonaro’, ‘Governo Federal’? Quando tiver alguma coisa que for benéfica, coloque o nome também. Eu falo isso em nome de muitas pessoas que falam comigo, através do meu contato direto, redes sociais. Eu represento muita gente que tem esse sentimento, que não cabe mais”, complementou.
Fábio Faria defendeu que propagandas do Governo do Estado sejam retiradas do ar pelo que classificou como “apropriação indébita” de ações.
“Sempre quer se apropriar. Isso chama-se apropriação indébita. Quando faz uma campanha dessa, se existisse uma vigilância correta, era para tirar a campanha do ar, para fazer um pedido de desculpas. A população está sendo totalmente enganada pela campanha”, finalizou.
Confira abaixo a entrevista na íntegra: