O diretor-geral do Departamento de Estradas de Rodagem do Rio Grande do Norte (DER-RN), Manoel Marques Dantas, reclamou nesta terça-feira (13) do orçamento e dos recursos humanos que o órgão dispõe dentro do Governo do Estado. Em entrevista à 98 FM Natal, o diretor declarou que o DER-RN está em “estado pré-falimentar” e que não possui verba suficiente para desempenhar suas ações, como recuperação de estradas e elaboração de projetos.
“O DER é um órgão, e não é de hoje, que há bastante tempo, está, eu diria, em estado pré-falimentar. O diretor que hoje vos fala… Eu vim hoje dirigindo o carro, porque eu sou motorista, sou copeiro, engenheiro e sou o diretor do DER”, afirmou, ao programa “12 em Ponto 98”.
O diretor ressaltou que o DER-RN tem apenas 6 engenheiros, que não conseguem atender toda a demanda – que inclui fiscalização de obras e emissão de pareceres. O órgão está vinculado à Secretaria Estadual de Infraestrutura (SIN), que, segundo Manoel Marques, também não tem técnicos suficientes.
“Eu recebo em média dois, três processos do Ministério Público e eu tenho 15 dias para responder”, afirmou Manoel Marques, enfatizando que a resposta às cobranças do órgão ministerial depende da emissão de pareceres técnicos, o que ocupa o tempo dos poucos engenheiros que o DER-RN possui.
Diante da dificuldade orçamentária e de servidores, o DER-RN precisa contratar empresas para executar projetos. Foi assim com o projeto para requalificação da Avenida Engenheiro Roberto Freire, que precisou ser alterado diversas vezes diante do impasse em torno de questões ambientais e de trânsito. Um dos projetos é cobrado na Justiça pela empresa que o executou.
Confira abaixo, na íntegra, a entrevista do diretor do DER-RN à 98 FM: