A Câmara Técnica de Vacinação do Rio Grande do Norte, que reúne representantes do Governo do Estado e das prefeituras, anunciou nesta terça-feira (27) que o intervalo entre as duas doses da vacina da Pfizer contra a Covid-19 será reduzido de 85 dias para 21 dias (três semanas).
A decisão segue orientação do Ministério da Saúde. Foi considerada para a mudança a proteção da vacina para as novas variantes do coronavírus. Estudos mostram que a vacina da Pfizer é mais eficaz contra a variante delta (predominante na Europa) apenas quando é administrada a segunda dose.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde Pública (Sesap), não é possível afirmar ainda quando o novo prazo começará a ser considerado. Ao PORTAL DA 98 FM, a pasta disse que a aplicação no intervalo menor será possível desde que o Ministério da Saúde envie as doses antecipadamente.
É mais provável que o novo prazo só comece a valer para quem receber a primeira dose a partir de agora. Desta forma, os gestores da saúde conseguem se organizar melhor para aplicar as doses no intervalo correto. Quem se vacinou anteriormente pode até receber a D2 mais cedo que os 85 dias inicialmente previstos, mas isso vai depender do envio de lotes adicionais de vacina.
O Ministério da Saúde trabalha com perspectiva otimista, considerando que a Pfizer tem antecipado a entrega de lotes. Até o próximo domingo (1º), a farmacêutica promete entregar quase 8,9 milhões de doses de vacina ao País, que se somarão às 23 milhões já entregues desde abril. Ao todo, o País tem contratadas 200 milhões de doses, com entregas previstas até o fim do ano.
“Cada remessa que chega já tem a definição para D2. Por exemplo, as que chegaram hoje (terça-feira, 27) já têm as definições para aplicação de D2 no prazo já estipulado antes, que já aconteceria normalmente esta semana. Por isso, será a partir da próxima remessa, a partir das orientações em nota pelo Ministério da Saúde. Precisa ter dose para aplicar”, afirmou a pasta.