O Governo de São Paulo afirmou nesta quarta-feira (3) que recebeu apenas metade das doses da vacina da Pfizer contra Covid-19 que deveriam ter sido entregues pelo Ministério da Saúde ao estado na terça-feira. A falta de 228 mil doses foi criticada pelo governador João Doria (PSDB) em fala à imprensa no Palácio dos Bandeirantes.
“Aquilo que deveria ter sido entregue ao estado de São Paulo não foi [entregue]”, disse Doria.
Em média, pelo tamanho de sua população, o estado de São Paulo recebe cerca de 22% da quantidade total de vacinas a cada entrega. Nesta terça, segundo a gestão estadual, esse padrão foi quebrado sem qualquer aviso, com uma entrega que só continha 50% do esperado. A campanha estadual projetava receber 456 mil doses do produto da Pfizer.
Para Doria, trata-se de “decisão arbitrária do Ministério da Saúde” que “representa quebra do pacto federativo”. Na manhã desta quarta-feira, segundo ele, foi enviado ao ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, um ofício cobrando as 228 mil doses da Pfizer que eram aguardadas. No documento, é pedida a entrega dentro de 24 horas.
“Decidiu-se punir quem fez o certo e quem foi eficiente na vacinação. Com menos vacinas da Pfizer para São Paulo, o Ministério da Saúde compromete o calendário de vacinação de crianças e adolescentes no estado de São Paulo, previsto para começar no dia 18 de agosto”, afirmou o governador.
No momento, a imunização desse público no Brasil só pode ser feita com vacinas da Pfizer. Apenas as doses da farmacêutica americana estão autorizadas para essa faixa etária pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).