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Vereadores de Parnamirim se tornam réus e são afastados de novo dos mandatos, agora por seis meses

Vereadores Professor Ítalo (PSDB) e Rhalessa de Clênio (PTB) foram afastados dos mandatos – Foto: Divulgação/Câmara Municipal de Parnamirim

A Justiça Eleitoral do Rio Grande do Norte voltou a afastar dois vereadores de Parnamirim alvos da “Operação Dízimo”, deflagrada em junho deste ano para apurar possíveis irregularidades cometidas por eles durante as eleições de 2020. Com a decisão, Professor Ítalo (PSDB) e Rhalessa de Clênio (PTB) voltam a ficar afastados dos mandatos para os quais foram eleitos, assim como ocorreu entre junho e julho.

Em junho, quando a operação foi deflagrada, Ítalo e Rhalessa foram afastados dos mandatos e presos. Por força de um habeas corpus, eles foram soltos no dia seguinte e retornaram aos mandatos um mês depois. Agora, com a nova decisão judicial, o afastamento será válido por 180 dias.

Os vereadores também se tornaram, oficialmente, réus após a Justiça Eleitoral aceitar denúncias do Ministério Público Estadual (MPRN) contra eles. Além dos vereadores, são alvos da investigação e também se tornaram réus o ex-vereador Pastor Alex; os pastores Sandoval Gonçalves e Danilo Peixoto; e, ainda, Antônio Alexandre de Souza Oliveira, Eduardo Pacheco Ramos, Gerlucio de Aquino Guedes e Érica Virgínia Linhares.

A operação Dízimo cumpriu 5 mandados de prisão temporária e outros 10 de busca e apreensão em Parnamirim no dia 18 de junho passado. A ação contou com a participação de 15 promotores de Justiça do Ministério Público do Rio Grande do Norte (MPRN), 17 servidores do MPRN e 68 policiais militares.

Para o MP Eleitoral, o ex-vereador Alex Sandro, na condição de presidente de fato da Associação Proamfa, junto com os vereadores Ítalo de Brito Siqueira e Rhalessa Cledylane Freire dos Santos, destinavam recursos para a Associação, através de emendas parlamentares e, após o recebimento dos valores pela entidade, transferiam para eles o montante, em um verdadeiro esquema de desvio de recursos públicos com a finalidade eleitoral.

Alguns desses réus também foram alvos da operação Mateus 7:15, deflagrada em novembro do ano passado. Com auxílio do MPRN, foram apreendidos aproximadamente R$ 70 mil em espécie a poucos dias das eleições municipais em endereços vinculados ao ex-vereador Pastor Alex.

A Associação Proamfa recebeu recursos públicos do Município de Parnamirim, diretamente e através de emendas parlamentares de vários vereadores. As denúncias são de que os políticos denunciados desviavam verbas em benefício de suas campanhas eleitorais, em detrimento dos demais adversários, causando forte desequilíbrio da disputa eleitoral e influência na legitimidade do pleito.

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