A deputada federal Natália Bonavides (PT-RN) mentiu nas redes sociais nesta quinta-feira (12) ao afirmar que o presidente Jair Bolsonaro vai “acabar” com o programa Bolsa Família. Nesta semana, o governo entregou ao Congresso Nacional projetos que mudam o programa, e não o extinguem.
Segundo Bolsonaro, depois das alterações, a ideia do governo é ampliar os valores pagos em cerca de 50%. Também haverá uma mudança de nome, e o programa passará a ser chamado de “Auxílio Brasil”.
Em publicação no Twitter, Natália Bonavides classificou a proposta como “retrocesso” e desinformou ao dizer que o programa social será extinto. “RETROCESSO! A medida provisória que acaba com o bolsa família vai ampliar, ainda mais, as desigualdades. A MP é um ataque contra a população mais vulnerável, trazendo mudanças que atentam contra aqueles que mais precisam”, escreveu a deputada, sem especificar o que entende como “ataques”.
RETROCESSO! A medida provisória que acaba com o bolsa família vai ampliar, ainda mais, as desigualdades. A MP é um ataque contra a população mais vulnerável, trazendo mudanças que atentam contra aqueles que mais precisam.
— Natália Bonavides (@natbonavides) August 12, 2021
Entenda os projetos
Os projetos do “novo Bolsa Família” foram entregues por Bolsonaro ao Congresso na última segunda-feira (9). Trata-se de uma medida provisória que cria o Auxílio Brasil e de uma proposta de emenda à Constituição (PEC) que abre brecha no orçamento para garantir recursos para pagamento.
A medida provisória integra políticas públicas e traz estratégias para a emancipação das famílias em situação de vulnerabilidade social. O Auxílio Brasil reúne em um só programa políticas de assistência social, saúde, educação, emprego e renda e deve entrar em vigor em novembro, de acordo com o Ministério da Cidadania.
A iniciativa busca atenuar as perdas dos mais vulneráveis em função do fim do Auxílio Emergencial 2021, previsto para outubro, e dar apoio aos que mais precisam.
“Sabemos que a pandemia trouxe uma inflação dos alimentos para o mundo todo e não podemos deixar desassistidos justamente os mais vulneráveis”, disse o presidente Jair Bolsonaro ao entregar a proposta ao presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Já a PEC dos Precatórios, relacionada ao tema, prevê a possibilidade de parcelar dívidas do governo que tramitaram na Justiça. Os dois textos estão ligados porque a PEC dos Precatórios, se aprovada, deve abrir espaço para um reajuste no valor do programa social.