Da Redação da 98 FM
A ativista política Camila Georg, identificada nas redes sociais como “Preta Opressora”, viralizou no Instagram nesta quinta-feira (19) ao protestar contra a governadora Fátima Bezerra (PT) e a favor do presidente Jair Bolsonaro enquanto se vacinava contra a Covid-19 na Grande Natal. As imagens do protesto foram publicadas por ela mesma na internet e foram replicadas por vários outros perfis.
Imunizada em uma unidade básica de saúde de Emaús, em Parnamirim, a ativista de 38 anos se vacinou exibindo duas faixas, com as frases “Fátima genocida” e “Viva o SUS é o caralho! Viva Bolsonaro!”. Além disso, ela vestia uma máscara com a foto de Bolsonaro.
Ela recebeu a primeira dose da vacina da Pfizer e agora tem de esperar 12 semanas para completar o ciclo vacinal. Disse que o protesto foi pacífico e que só durou o tempo da imunização dela. “Não fui para tumultuar”, afirma.
Ao PORTAL DA 98 FM, a ativista contou que não queria se vacinar contra a Covid-19. Ela poderia ter ido se imunizar desde o dia 10 de julho em Parnamirim, mas diz que só foi agora porque foi pressionada pela família. Ela pretende ir a manifestações e, para deixar o filho com a família, parentes pediram que ela se imunizasse.
“Vacinei por pura e espontânea pressão”, disse ela. “Como eu vou para Brasília e São Paulo para as manifestações, só poderia com a vacina”.
Camila Georg, ativista política
Camila disse à reportagem que é assumidamente “bolsonarista”. Ela afirma que o presidente da República faz uma boa gestão na pandemia e que só não faz ainda mais porque “não deixam”. Ela critica, ainda, a governadora Fátima Bezerra e cobra respostas para a perda de recursos financeiros durante a crise sanitária.
“Cadê os R$ 5 milhões dos respiradores? O R$ 1,5 milhão dos ventiladores quebrados? Cadê os hospitais de campanha? Respiradores só tivemos porque o Governo Federal comprou”, ressalta a ativista.
Perguntada por que exibiu a faixa “Fátima genocida”, a ativista diz que, para ter esse entendimento, “basta assistir televisão”.
“É só frequentar o SUS. Tive gravidez de gêmeos. Um deles morreu por infecção hospitalar. Foram 7 meses dentro de um hospital. Eu sei o que é precisar do SUS. Se fosse ‘viva SUS’… Mas falta tudo”, diz Camila, referindo-se ao slogan “Viva o SUS”, defendido pela governadora para enaltecer a estrutura pública de saúde do País.
Ameaças
A ativista política relatou ao PORTAL DA 98 FM que vem sofrendo ataques desde que postou o protesto nas redes sociais. Ela disse que haters têm ido às redes da filha dela para fazer ameaças.
Veja o momento do protesto:
https://www.instagram.com/p/CSw1-6uAVZg/