A médica potiguar Roberta Lacerda, que ganhou fama durante a pandemia por defender o tratamento precoce, criticou neste fim de semana a vacinação contra a Covid-19 em crianças e adolescentes – que já começou nos Estados Unidos e deve ser iniciada no Brasil nas próximas semanas, com aprovação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
Citando o pesquisador ucraniano Vladimir Zelenko, crítico da vacinação e também defensor do tratamento precoce, a infectologista do RN cravou que crianças vacinadas contra a Covid perderão 30 anos na expectativa de vida por causa do desenvolvimento de cânceres e doenças auto-imunes. Ela não explica, contudo, como chegou a tal conclusão.
“Dr. Zelenko avisa: Esta é uma conspiração (não teoria) para sacrificar crianças. Uma parte morrerá. Uma parte será lesada permanentemente. Uma parte ficará infértil. Eu postulo que o tempo de vida dessas pequenas vítimas que sobrevivem será reduzido em 30 anos por causa do câncer e doenças auto-imunes. As crianças sobrevivem cobiçosas em quase 100% sem tratamento. Este é o pior crime da história humana”.
Médica Roberta Lacerda, no Twitter
Roberta Lacerda chegou a dizer que a vacinação de crianças e adolescentes contra a Covid-19 é um plano de “assassinato em massa”. “O que você acha que deve ser feito com os legisladores, médicos e mídia que defendem o assassinato em massa e mutilação de crianças inocentes? Você acha que esta é uma forma de sacrifício de crianças aos seus falsos deuses?”, acrescentou.
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Dr ZELENKO avisa:
Esta é uma conspiração (não teoria) para sacrificar crianças.
Uma parte morrerá.
Uma parte será lesada permanentemente.
Uma parte ficará infértil.— Dra. Roberta Lacerda (@DRobertaLacerda) August 21, 2021
Em entrevistas, o médico Vladimir Zelenko tem dito que não há razão para vacinar crianças contra a Covid-19, especialmente com vacinas que usam a tecnologia do RNA mensageiro (como a da Pfizer). A interpretação do movimento antivacina é que o imunizante cria toxinas para o corpo.
“De acordo com o CDC, crianças saudáveis com 18 anos ou menos têm uma taxa de recuperação da Covid-19 de 99.998% e sem nenhum tratamento. Não há necessidade médica de quaisquer vacinas. Especialmente, uma injeção experimental e não aprovada de mRNA que demonstrou ter muitos efeitos colaterais perigosos”, afirmou o médico.
Procurador questiona médica
O procurador da República Wellington Saraiva provocou a médica no Twitter. “Qual é a base técnica de suas afirmações?”, perguntou o membro do Ministério Público Federal (MPF). A médica respondeu citando que o assunto será debatido na próxima segunda-feira (30) em uma audiência pública na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados.
“Será respondido em fórum adequado. Mas já há evidências suficientes de que não é seguro vacinar pessoas saudáveis abaixo de 30 anos, quiçá crianças. Os números das estatísticas do CDC confirmam. Estão aí as apresentações. Só fazer os cálculos. Não são teorias. São fatos”.
Médica Roberta Lacerda, no Twitter
Anvisa aprova vacina para crianças
Em junho, a Anvisa aprovou a primeira vacina contra a Covid-19 para crianças e adolescentes. A Anvisa autorizou a indicação da vacina da Pfizer para crianças com 12 anos de idade ou mais. Com isso, a bula da vacina passará a indicar esta nova faixa etária para o Brasil.
A ampliação foi aprovada após a apresentação de estudos desenvolvidos pelo laboratório que indicaram a segurança e eficácia da vacina para este grupo. Os estudos foram desenvolvidos fora do Brasil e avaliados pela Anvisa.
Antes, a vacina Comirnaty estava autorizada para pessoas com 16 anos de idade ou mais. Até o momento, esta é a única entre as vacinas autorizadas no Brasil com indicação para menores de 18 anos.
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