O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou nesta terça-feira (24), durante visita a Natal, que o Brasil vive um clima inédito de disputa política – provocado, segundo ele, por ações do presidente Jair Bolsonaro. Candidato à Presidência da República por cinco vezes, sendo derrotado em três, o petista afirmou que nunca presenciou o clima de “ódio” atual e que, apesar de ter participado de disputas polarizadas anteriormente, a situação nunca havia ficado tão tensa como agora.
Na avaliação de Lula, o País não vive uma “guerra de fake news”, e sim uma disputa entre “democracia” e “fascismo”. “Eu disputei em 1989 contra 12 candidatos. Em 94, em 98. Perdi três eleições e não houve o que está havendo hoje. Não havia ódio, não havia uma campanha dura. Eu ganhei 4 eleições (duas comigo e duas com a Dilma). Quem foi que começou a estabelecer o ódio? O Aécio. E depois esse facínora chamado Bolsonaro. Esse cara é uma anomalia na democracia”, disse Lula, em entrevista à rádio 97 FM.
Para o ex-presidente, o clima de tensão e disputa acirrada que o País vive é fruto das ações de Bolsonaro. “A única coisa que ele sabe fazer é arrumar vaga no governo federal para colocar aposentado das Forças Armadas e fazer provocação, destilar ódio todo dia. São 5 mentiras por dia. Um cidadão desse, que não tem uma palavra de fraternidade, de humanismo, de solidariedade. Nunca foi visitar um hospital, um paciente com Covid. Não tem um gesto, a não ser mentir”, pontuou.
Polarização
Lula afirmou que, em outros momentos da história recente do País, houve polarização política, mas não no nível atual. “Eu polarizei com FHC (Fernando Henrique Cardoso), (José) Serra, (Geraldo) Alckmin e nunca teve ódio. Você podia chegar num restaurante e encontrar uma pessoa do PSDB jantando com uma pessoa do PT, do MDB. Quem está destilando ódio é esse cidadão (Bolsonaro). Essa é a corrosão da política brasileira. Por isso que pai briga com filho, e filho briga com pai”, emendou.
O ex-presidente criticou, ainda, a forma como Bolsonaro conduziu a crise da Covid-19. Segundo o petista, o presidente atual errou ao minimizar a gravidade da doença. “Esse cara negou tudo até agora e continua negando. Eu não estava habituado a conviver com um cidadão de tão pouca qualidade humanista. As pessoas têm que ter esperança, afeto, solidariedade”, finalizou.
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