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Após fala de Roberta Lacerda, Sociedade de Infectologia diz que é “inadmissível” profissional de saúde fazer campanha contra vacina

Médica Roberta Lacerda, que ganhou fama ao defender o tratamento precoce contra a Covid-19 – Foto: 98 FM / Reprodução

A Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI) classificou neste fim de semana como “inadmissível” o surgimento do que chamou de campanhas anti-vacinas promovidas por profissionais de saúde do Rio Grande do Norte. A manifestação acontece uma semana depois de a infectologista potiguar Roberta Lacerda levantar suspeitas sobre a segurança das vacinas contra a Covid-19 e chegar a dizer que os imunizantes contêm substâncias que magnetizam as pessoas. Ela chegou a ser criticada pelo médico Albert Dickson, que rebateu as afirmações.

Compartilhando nota da Sociedade Riograndense do Norte de Infectologia (SRNI), a entidade nacional manifestou apoio à campanha de vacinação contra a Covid-19 no Brasil e enfatizou que a imunização “sempre foi uma das formas mais eficazes para o controle das doenças infectocontagiosas e da mortalidade infantil, para o aumento da expectativa de vida das pessoas e, consequentemente, para a melhoria da saúde pública”.

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Na nota, a SRNI e a SBI declaram apoio ao uso de todas as vacinas contra a Covid já aprovadas para uso na população brasileira. O texto enfatiza que as quatro vacinas já autorizadas pela Anvisa (Coronavac, Pfizer, Janssen e Oxford/Astrazeneca) são “seguras e eficazes na prevenção da doença grave”.

As entidades reconhecem que os imunizantes podem “raramente apresentar eventos adversos indesejados”, mas destacam que os “benefícios ultrapassam em muito os riscos já documentados”.

“Vale salientar que, antes de serem autorizadas para uso populacional, tais vacinas passaram por um rigoroso crivo científico, cujos estudos de registro foram avaliados por pares antes de sua publicação, seguindo todas as normas éticas internacionais de pesquisa clínica”, enfatiza a SRNI, endossada pela SBI.

“Assim, torna-se inadmissível o surgimento de campanhas anti-vacinas promovidas por alguns profissionais da saúde, veiculadas recentemente nas mídias sociais e na imprensa do estado do Rio Grande do Norte”, enfatiza a entidade.

Confira a nota na íntegra:

“SOCIEDADE RIOGRANDENSE DO NORTE DE INFECTOLOGIA – SRNI

Assunto: Covid-19 – Vacinas.

Através dessa nota à população, a Sociedade Riograndense do Norte de Infectologia (SRNI) ratifica seu apoio à campanha de vacinação contra a Covid-19 no território potiguar (independente da plataforma de desenvolvimento ou da empresa fabricante), orientada pelo Ministério da Saúde do Brasil e seguida pelas secretarias estaduais e municipais de saúde. Tal campanha prioriza grupos etários e pacientes com fatores de risco para Covid-19 grave, avançando para os demais grupos populacionais à medida em que as melhores evidências científicas são publicadas na literatura médica de grande impacto.

Sabemos que, historicamente, a vacinação sempre foi uma das formas mais eficazes para o controle das doenças infectocontagiosas e da mortalidade infantil, para o aumento da expectativa média de vida das pessoas e, consequentemente, para a melhoria da saúde pública, uma vez que evitam doenças graves e suas sequelas. Assim, torna-se inadmissível o surgimento de campanhas anti-vacinas promovidas por alguns profissionais da saúde, veiculadas recentemente nas mídias sociais e na imprensa do estado do Rio Grande do Norte.

As vacinas atualmente autorizadas para uso no Brasil (Coronavac, Pfizer-Biontech, Janssen e Oxford/AstraZeneca) são seguras e eficazes na prevenção de doença grave, podendo raramente apresentar eventos adversos indesejados, mas cujos benefícios ultrapassam em muito os riscos já documentados. Vale salientar que, antes de serem autorizadas para uso populacional, tais vacinas passaram por um rigoroso crivo científico, cujos estudos de registro foram avaliados por pares antes de sua publicação, seguindo todas as normas éticas internacionais de pesquisa clínica.

Portanto, a SRNI segue acompanhando as recomendações das grandes instituições da saúde, como Organização Mundial da Saúde, Centro de Controle de Doenças dos EUA e da Europa, Organização Panamericana de Saúde, entre outras, incentivando a vacinação contra a Covid-19, desde que suas indicações sejam aprovadas pelo órgão regulador nacional (ANVISA)”.

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